Israel lança nova ofensiva em Gaza; ataques aéreos deixam centenas de mortos e intensificam crise humanitária

Israel iniciou, neste sábado (17), uma nova e massiva ofensiva militar na Faixa de Gaza, batizada de “Operação Carruagens de Gideão”, com o objetivo de desmantelar a infraestrutura do Hamas e pressionar pela libertação dos reféns israelenses ainda detidos desde os ataques de 7 de outubro de 2023. A escalada no conflito resultou em centenas de mortos e agravou o colapso humanitário no território palestino.

Segundo autoridades de saúde de Gaza, pelo menos 146 palestinos foram mortos e 459 ficaram feridos apenas nas últimas 24 horas, como resultado de intensos bombardeios israelenses. Desde o colapso do cessar-fogo em março, mais de 53 mil palestinos já perderam a vida, de acordo com o Ministério da Saúde local.

A ofensiva ocorre em meio a um bloqueio que já dura 76 dias e impede a entrada de ajuda humanitária, combustível e suprimentos médicos. Hospitais enfrentam colapso total, enquanto 93% da população vive em situação de insegurança alimentar aguda. Agências das Nações Unidas alertam para o risco iminente de fome em larga escala e acusam Israel de dificultar deliberadamente a entrega de assistência humanitária.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo imediato e permanente, mas as negociações seguem travadas. No Catar, representantes do Hamas e de Israel continuam sem acordo. O grupo palestino insiste na implementação de um cessar-fogo duradouro como condição para libertar os reféns, enquanto o governo israelense mantém a posição de continuar a ofensiva até a eliminação total das capacidades militares do Hamas.

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A ação militar também repercutiu em outros países da região. Israel realizou ataques no sul do Líbano que resultaram na morte de um comandante do Hezbollah, provocando condenações do governo libanês. O Irã e outras lideranças internacionais também criticaram duramente a nova etapa da ofensiva israelense.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump retornou recentemente de uma visita ao Oriente Médio sem conseguir avançar em um novo cessar-fogo. Apesar disso, uma fundação apoiada pelo governo norte-americano anunciou planos para iniciar a entrega de ajuda humanitária a Gaza ainda neste mês. No entanto, a iniciativa enfrenta resistência por parte da ONU, que questiona a imparcialidade da operação.

Com a escalada da violência e o agravamento da crise humanitária, cresce a pressão internacional por uma solução pacífica e pela liberação do acesso humanitário à população civil de Gaza.

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