Joe Biden é diagnosticado com câncer de próstata com metástase nos ossos
O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com câncer de próstata com metástase óssea. A informação foi divulgada neste domingo (18) pelo gabinete do democrata.
De acordo com o comunicado oficial, o câncer de Biden foi classificado como estágio 9 no escore de Gleason — escala que avalia a agressividade do tumor com base na aparência das células afetadas em comparação às saudáveis. Essa pontuação indica um grau elevado de agressividade da doença.
O diagnóstico ocorreu após o ex-presidente apresentar sintomas urinários e a detecção de um pequeno nódulo durante exames realizados na semana passada. Segundo os médicos, apesar da gravidade do quadro, o câncer é sensível a hormônios, o que permite um tratamento com maiores chances de resposta positiva.
“Ainda que seja uma forma agressiva da doença, o câncer demonstrou sensibilidade hormonal, o que abre caminho para opções terapêuticas eficazes”, diz a nota oficial. Biden e sua família estão avaliando as alternativas de tratamento junto à equipe médica.
O câncer de próstata afeta uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra — o canal que leva a urina para fora do corpo. Trata-se de um tipo de câncer que, em muitos casos, evolui lentamente e pode permanecer assintomático por anos.
Histórico de saúde e fim da carreira política
Durante seu mandato como presidente dos Estados Unidos, Biden já havia enfrentado diversos questionamentos sobre sua saúde e idade avançada. Aos 82 anos, ele deixou a Casa Branca como o presidente mais velho da história do país.
Em 2024, após um desempenho considerado fraco durante um debate contra o então adversário republicano Donald Trump, Biden passou a sofrer forte pressão interna dentro do Partido Democrata para desistir da reeleição. Pouco depois, ele anunciou sua retirada da disputa, alegando que seria melhor para o país e para sua legenda.
“Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, declarou, em julho de 2024. Na ocasião, Biden também anunciou apoio à candidatura da então vice-presidente Kamala Harris, que acabou sendo derrotada por Donald Trump.
Em meio aos debates sobre sua saúde, em setembro de 2024 o médico da Casa Branca, Kevin O’Connor, informou que Biden havia passado por exames neurológicos e não apresentava tremores ou fraqueza motora. No entanto, foram detectados sintomas de neuropatia periférica nos pés — condição que pode causar dormência e formigamento.
O ex-presidente também teve, ao longo da vida, outros problemas de saúde: em 2021, retirou um pólipo benigno do cólon com potencial pré-cancerígeno, e em 2023, tratou uma lesão cutânea causada por carcinoma, uma forma comum de câncer de pele.
Batalha pessoal contra o câncer
O combate ao câncer foi uma das bandeiras centrais do governo Biden. Em 2022, ele lançou a iniciativa “missão contra o câncer”, com o objetivo de reduzir pela metade a taxa de mortalidade da doença nos Estados Unidos nos 25 anos seguintes. A causa tem forte apelo pessoal para Biden, que perdeu seu filho Beau, vítima de câncer cerebral, em 2015.
