Lésbica, Doutora e Voz da ‘Remigração’: Alice Weidel Lidera a Direita Radical Alemã


Alice Weidel, lésbica e PhD, guia a AfD a 20% dos votos em 23/2, com ideias radicais como “remigração” e saída da UE, mirando o poder futuro.

As eleições gerais alemãs deste domingo (23) podem consagrar a Alternativa para a Alemanha (AfD) como a segunda força política do país, com projeções de até 20% dos votos — um salto que dobraria suas cadeiras no Bundestag. À frente desse avanço está Alice Weidel, 46 anos, que transformou o partido em um símbolo da direita radical, atraindo jovens no TikTok e mirando o poder nos próximos anos, apesar das chances remotas de assumir a chancelaria agora.

A AfD, nascida em 2013 como crítica ao euro, radicalizou-se após 2015, focando na imigração. Hoje, propõe abandonar a União Europeia, retomar o marco alemão, reaproximar-se da Rússia, desativar usinas eólicas e implementar a “remigração” — deportação de cidadãos “não assimilados”, incluindo alemães de outras etnias. Weidel, que assumiu a liderança em 2017, intensificou essa guinada, adotando o termo “remigração” em 2025 após hesitar em 2024, quando um escândalo revelou planos de expulsão em massa.

Ex-analista de bancos como Goldman Sachs, Weidel tem doutorado em economia e fala mandarim, mas seu perfil pessoal choca: lésbica, vive na Suíça com a esposa Sarah Bossard, de origem cingalesa, e dois filhos adotivos, fugindo de ameaças na Alemanha. Isso contrasta com a defesa da AfD de uma família tradicional e sua rejeição a imigrantes. Críticos questionam essa dualidade, mas ela evita o tema, focando em políticas como fechar fronteiras e abandonar o Acordo de Paris.

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O partido enfrenta resistência: é monitorado como “extremista” em estados como Turíngia e classificado como “suspeito” nacionalmente. Seus laços com ideias nazistas — como o uso de “Alice für Deutschland”, eco de “Alles für Deutschland” — e escândalos, como a fala de Maximilian Krah sobre a SS, levaram até aliados europeus, como Marine Le Pen, a cortarem relações. Mesmo assim, apoios de peso, como Elon Musk e J.D. Vance, do governo Trump, amplificaram sua voz, com Musk endossando a AfD em comícios e lives.

Pesquisas dão à CDU/CSU (30%) a liderança, seguida pela AfD (20%) e SPD (16%). Friedrich Merz, da CDU, deve ser chanceler, mas a ascensão da AfD reflete os desafios alemães: economia em baixa, energia cara e imigração crescente. Apesar de isolada pelo “cordão sanitário” dos partidos tradicionais, a legenda planeja 2029, unindo radicalismo e apelo digital sob o comando de Weidel.


Texto adaptado de fontes diversas e revisado pela nossa redação.

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