Marinha dos EUA caça ‘navios fantasmas’ da Venezuela

Estratégia de Maduro para driblar sanções entra na mira de Washington
A Venezuela tem recorrido a uma frota de “navios fantasmas” para tentar burlar as sanções dos EUA e continuar exportando petróleo. A estratégia, que envolve táticas como mudança de nomes e bandeiras, além do uso de embarcações “zumbis” (com identidades roubadas de navios desativados), está sob crescente pressão de Washington.
O que são os ‘navios fantasmas’?
São embarcações que operam de forma dissimulada para evitar a detecção e as sanções impostas pelos Estados Unidos. Entre as táticas utilizadas, destacam-se:
- Mudança frequente de nome e bandeira.
- Desativação do Sistema de Identificação Automática (AIS).
- Transferência de petróleo em águas internacionais para navios legalmente compatíveis.
- Uso de navios “zumbis” com identidades roubadas.
A ação de Trump e o impacto nas exportações
Desde 2019, o governo Trump intensificou as sanções contra a PDVSA, a estatal de petróleo venezuelana. Apesar disso, as exportações de petróleo do país mostram sinais de recuperação, atingindo cerca de 920 mil barris por dia em novembro, segundo a Reuters. Esse número, embora distante dos 3 milhões de barris diários de 1998, indica que a estratégia dos “navios fantasmas” tem permitido a Nicolás Maduro contornar, em parte, as restrições.
Apreensão e bloqueio naval
Recentemente, os EUA apreenderam um petroleiro da frota fantasma e anunciaram um bloqueio naval para impedir a entrada e saída de navios sancionados na Venezuela. A medida, segundo Trump, visa as mais de 30 embarcações sob sanções que operam em águas venezuelanas.
‘The Skipper’: um exemplo de navio fantasma
O petroleiro apreendido, chamado “The Skipper”, já havia sido sancionado em 2022 por envolvimento em uma rede de contrabando de petróleo que financia a Guarda Revolucionária do Irã e o Hezbollah. Com 20 anos de atividade, o navio já operou sob os nomes de Adisa e Toyo, e foi ligado ao magnata russo Viktor Artemov.
Implicações e futuro da estratégia
A crescente pressão dos EUA, com o envio de navios de guerra e a apreensão de petroleiros, pode dificultar a operação da frota fantasma venezuelana. No entanto, a busca por alternativas para driblar as sanções deve continuar, com o uso de táticas cada vez mais sofisticadas.
Da redação do Movimento PB.
