“Nova Ordem Mundial”: Editorial do WSJ Aponta Intenção de Trump de Reorganizar o Mundo com China e Rússia

Editorial do Wall Street Journal sugere que Trump busca dividir o mundo com China e Rússia, retomando equilíbrio de poder pré-Segunda Guerra, com EUA focados nas Américas.

O Wall Street Journal, um dos principais jornais americanos, publicou em seu editorial de domingo, 2 de março, uma análise contundente sobre as intenções do presidente Donald Trump na política global. O texto destaca que Trump parece inclinado a estabelecer uma configuração internacional semelhante à que existia antes da Segunda Guerra Mundial, marcada pela rivalidade entre grandes potências. Segundo o jornal, China e Rússia seriam os aliados nessa rearrumação. “Está claro que o presidente Donald Trump tem planos para a nova ordem mundial. Talvez ele possa compartilhar sua visão com o país quando se dirigir ao Congresso, na terça-feira”, inicia o artigo.

Uma Visão de Divisão Global

De acordo com o WSJ, os sinais da estratégia de Trump incluem gestos de aproximação com Xi Jinping, líder do Partido Comunista Chinês, interpretados como um “cortejamento”. O jornal aponta a ausência de medidas firmes em defesa de Taiwan diante das ambições chinesas como indício desse posicionamento. Além disso, menciona iniciativas como o interesse no controle do Canal do Panamá e a possível aquisição da Groenlândia da Dinamarca. “Esses movimentos, juntos, sugerem uma visão de mundo que há muito é o objetivo dos isolacionistas americanos: deixar a China dominar o Pacífico, a Rússia dominar a Europa e os EUA as Américas. O Oriente Médio presumivelmente permaneceria uma região de contenda, pelo menos até que o Sr. Trump faça um acordo nuclear com o Irã”, afirma o editorial.

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Equilíbrio de Poder e Consequências

O artigo também explora as implicações dessa suposta abordagem. Para o WSJ, a Rússia poderia se beneficiar ao impor uma resolução favorável a seus interesses na Ucrânia, com potencial para futuras expansões territoriais. Enquanto isso, a China teria caminho livre para avançar sobre Taiwan, colocando o Japão em estado de alerta. Os Estados Unidos, por sua vez, concentrariam seus esforços nas Américas, priorizando relações comerciais que não entrem em choque com seus objetivos estratégicos. O jornal observa que, embora Trump não tenha detalhado essa visão, “alguns dos intelectuais ao seu redor o fizeram”, sugerindo uma influência de ideias isolacionistas em sua administração.

Críticas à Postura Internacionalização

O WSJ descreve essa possível ordem mundial como uma volta a um modelo “antigo e perigoso”, contrastando com uma perspectiva inovadora. O editorial argumenta que, enquanto Trump exibe firmeza com aliados tradicionais, sua atitude frente a líderes como Xi Jinping revela uma busca por acordos que redefinam as esferas de influência globais. A publicação considera que tal dinâmica remete a um equilíbrio de poder característico de épocas passadas, em vez de uma proposta moderna para os desafios atuais.


Artigo escrito com informações de The Wall Street Journal

Imagem de capa: ilustração imaginada por Grok 3 (Beta) e com prompt da redação

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