O destino da Ucrânia nas mãos de Trump e Putin
Cúpula no Alasca termina sem acordo e reforça isolamento de Zelensky
O aguardado encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, realizado em Elmendorf, Alasca, no dia 15 de agosto, expôs a disputa de forças que pode definir o futuro da Ucrânia. A reunião durou pouco mais de três horas e terminou sem anúncio de cessar-fogo ou plano concreto de paz. Trump resumiu: “não há acordo até que exista um acordo definitivo”. Putin, por sua vez, disse apenas que os dois abriram caminho para negociações.
A cúpula foi marcada por gestos simbólicos. O almoço entre os líderes foi cancelado e não houve coletiva de imprensa. Ainda assim, Putin capitalizou o momento: foi recebido com honras nos EUA pela primeira vez em dez anos, ganhou palco internacional e não fez concessões. Trump, que dias antes ameaçara Moscou com sanções, suavizou o discurso, elogiou a “maravilhosa relação” com o russo e admitiu considerar a proposta de cessão de território ucraniano em troca do fim dos combates.
Enquanto isso, Volodymyr Zelensky seguiu à margem. O presidente ucraniano criticou Moscou por manter ataques durante as conversas e tenta recuperar espaço com a reunião marcada em Washington, no dia 18 de agosto. Seu foco será obter garantias de segurança — apoio militar e financeiro duradouro, que ele considera vital para qualquer acordo.
Trump sinalizou, pela primeira vez, abertura para discutir essas garantias, inclusive cooperação em inteligência e armas de longo alcance com respaldo europeu. Mas a guerra segue ativa, sem cessar-fogo, e a balança pende para dois atores: um Trump em busca de um acordo rápido, e um Putin que explora a pressão militar para fortalecer sua posição. Zelensky, por ora, continua isolado, assistindo ao destino da Ucrânia ser negociado sem sua presença.
Fonte: Transcrição do episódio “Hoje no Mundo Militar”
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