Preocupações com a expansão russa e a redução do apoio dos EUA levam nações como Letônia, Suécia e Finlândia a reinstituir o serviço militar obrigatório. Reino Unido debate medida, mas mantém exército profissional.
Retorno do Serviço Militar na Europa
A crescente ameaça representada pela Rússia, aliada à incerteza sobre o apoio contínuo dos Estados Unidos à OTAN, tem levado países europeus a reintroduzir o serviço militar obrigatório. A Letônia, que compartilha uma fronteira de 290 km com a Rússia, reinstituiu o alistamento para homens de 18 a 27 anos em 2023. Seu presidente, Edgars Rinkēvičs, defende que outras nações sigam o exemplo: “Diante do cenário global, é essencial que a Europa se fortaleça”.
Países com Serviço Obrigatório em 2025
- Letônia: Homens de 18–27 anos (reintroduzido em 2023).
- Suécia: Homens e mulheres desde 2017.
- Finlândia: 6–12 meses para homens; voluntário para mulheres.
- Lituânia: Obrigatório desde 2015 para homens de 18–26 anos.
- Dinamarca: Estende serviço para mulheres a partir de 2026.
Outros países: Áustria, Chipre, Estônia, Grécia, Noruega e Suíça (fora da UE).
Motivações por Trás da Medida
- Expansionismo Russo: A guerra na Ucrânia e declarações de Vladimir Putin elevam temores de conflito ampliado.
- Redução de Apoio dos EUA: Europa busca autonomia em defesa diante da hesitação norte-americana.
- Aumento de Gastos Militares: Alemanha e outros elevam investimentos para atingir 2% do PIB, meta da OTAN.
Apoio Público e Debates
Pesquisas recentes indicam que:
- 68% dos franceses apoiam o retorno do serviço obrigatório.
- 55% dos alemães são favoráveis à medida.
No Reino Unido, onde o alistamento foi abolido em 1960, especialistas alertam para a falta de efetivo militar (73 mil soldados). General Sir Patrick Sanders, ex-chefe da OTAN, pede “preparação para mobilização nacional”, mas o governo descarta mudanças por ora.
Reino Unido: Pressão Crescente, mas Sem Planos Imediatos
Embora o primeiro-ministro britânico rejeite a medida, analistas sugerem que um agravamento do conflito na Europa poderá reacender o debate. “Se houver uma ameaça direta, o alistamento pode se tornar inevitável”, destaca um relatório do Instituto Real de Serviços Unidos (RUSI).
Artigo traduzido de Express Uk, adaptado e revisado pela nossa redação.