Trump Lista 600 Cidades-Santuário para Pressão Migratória

Trump inclui 600 cidades, como Huntington Beach, em lista de santuários, ameaçando cortar verbas por não cooperarem com deportações.
Lista Controversial
O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) publicou, em 30 de maio de 2025, uma lista com mais de 600 cidades, condados e estados acusados de obstruir a aplicação das leis migratórias, segundo o The New York Times. A medida, ordenada por um decreto de abril do presidente Donald Trump, inclui locais como Huntington Beach, na Califórnia, que se declarou “não-santuário”, gerando surpresa entre autoridades locais.
Contexto da Ação
Cidades-santuário, como São Francisco e Chicago, limitam a cooperação com o Immigration and Customs Enforcement (ICE), protegendo imigrantes indocumentados de deportações. A lista de Trump, porém, mistura jurisdições que apoiam explicitamente imigrantes com outras que votaram majoritariamente nele em 2024, como condados rurais no Texas. O objetivo é pressionar por mudanças nas políticas locais, sob ameaça de suspender contratos e verbas federais.
Reações Locais
O prefeito de Huntington Beach, Pat Burns, contestou a inclusão, afirmando que a cidade coopera com o ICE e já contatou autoridades federais para corrigir o erro. Em contrapartida, cidades democratas, como Oakland, reafirmam seu compromisso com imigrantes. A lista gerou confusão em locais como o condado de Starr, no Texas, 96% hispânico, que apoiou Trump, mas foi classificado como santuário.
Histórico de Conflitos
Trump já tentou punir cidades-santuário em seu primeiro mandato, mas enfrentou derrotas judiciais. Em abril de 2025, um juiz federal em São Francisco bloqueou a retenção de fundos para 16 cidades, alegando violação de direitos constitucionais. Apesar disso, o governo intensificou ações, como processar quatro cidades de Nova Jersey em maio, acusando-as de proteger imigrantes ilegais, segundo o The New York Times.
Perspectivas Futuras
A lista é parte da promessa de Trump de realizar a maior operação de deportação da história dos EUA, mas esbarra em desafios logísticos e judiciais. Thomas Homan, “czar da fronteira”, admitiu dificuldades em aumentar prisões. Enquanto isso, cidades-santuário planejam novas ações legais, e o Congresso pode debater a alocação de verbas federais, impactando o futuro da política migratória.
Com informações de The New York Times, Reuters, The Guardian