Internacional

Trump Nega Contato com Irã e Ameaça Resposta Dura a Ataques contra Tropas dos EUA

Trump nega negociações com Irã, ameaça retaliação severa se Teerã atacar tropas americanas e considera intervenção no conflito Israel-Irã.

Declarações de Trump

Na terça-feira, 17 de junho de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, negou ter contatado líderes iranianos para discutir um cessar-fogo, afirmando estar “sem vontade de negociar” com Teerã. As declarações, feitas a bordo do Air Force One, vieram após sua saída antecipada da cúpula do G7 no Canadá, motivada pela escalada do conflito entre Israel e Irã. Trump ameaçou uma resposta “extremamente dura” caso o Irã ataque tropas ou ativos americanos na região, dizendo: “Se tocarem em nossos soldados, vamos reagir com força total.”

Para Entender de Forma Simples

O conflito entre Israel e Irã, iniciado com ataques aéreos israelenses em 13 de junho, colocou os EUA em alerta. Trump, que busca evitar uma guerra direta, insiste que o Irã deve abandonar seu programa nuclear. Ele comparou a situação a uma negociação comercial: deu um prazo de 60 dias para um acordo, que expirou, e agora pressiona Teerã a ceder, enquanto apoia Israel, mas hesita em envolver os EUA militarmente.

Contexto do Conflito

Israel lançou ataques “preventivos” contra o programa nuclear iraniano, matando cientistas e líderes militares, como o general Mohammad Kazemi. O Irã retaliou com mísseis balísticos contra Tel Aviv e Jerusalém, causando 224 mortes no Irã e 24 em Israel até 17 de junho, segundo autoridades. Trump elogiou os ataques israelenses como “excelentes” em 13 de junho, mas negou envolvimento direto dos EUA, embora tenha admitido conhecimento prévio das ações.

Leia Também:  Trump intensifica operações de imigração em Los Angeles e gera temores de estado policial

Posicionamento Ambíguo

Trump alterna entre apoio a Israel e cautela. Em 15 de junho, ele disse que a participação americana no conflito “é possível”, mas enfatizou que os EUA não estão envolvidos diretamente. Ele rejeitou uma proposta israelense para assassinar o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, e vetou ataques a Teerã que visassem o líder, afirmando que Khamenei está “seguro por enquanto”. No entanto, em post no Truth Social, exigiu a “rendição incondicional” do Irã, chamando Khamenei de “alvo fácil”.

Reações e Divisões

A postura de Trump gerou divisões entre republicanos. Falcões como Lindsey Graham celebraram os ataques israelenses, enquanto isolacionistas, como Charlie Kirk, questionaram a consistência da política “America First”. No Congresso, o deputado Thomas Massie, aliado de democratas como Alexandria Ocasio-Cortez, alertou que uma guerra contra o Irã exigiria aprovação congressional, reforçando que “não é nossa guerra”.

Implicações Globais

O conflito elevou os preços do petróleo, impactando economias como a do Brasil, e congestionou rotas de fuga em Teerã, com 10 milhões de residentes enfrentando engarrafamentos. A cúpula do G7 discutiu a desescalada, mas Trump recusou assinar uma declaração conjunta, alegando já ter expressado sua posição. O Irã cancelou negociações nucleares em Omã, acusando os EUA de apoiarem Israel.

Rumo Incerto

Trump insiste que o Irã “quer conversar”, mas a morte de negociadores iranianos e a destruição de instalações nucleares dificultam a diplomacia. Sua estratégia parece combinar pressão militar indireta via Israel com ameaças para forçar um acordo, mas o risco de escalada permanece. A comunidade internacional, incluindo aliados como a França, pressiona por um cessar-fogo, enquanto Trump avalia opções, incluindo um possível ataque americano, segundo oficiais.

Leia Também:  Trump Alerta para Evacuação Imediata de Teerã em Meio a Conflito

Fontes: Com informações de ABC News, BBC, CNN, Reuters e The Guardian.

Compartilhar: