Trump Pressiona Reino Unido por Bloqueio de Armas a Israel

Trump ameaça retaliar Reino Unido caso bloqueie exportação de armas a Israel, citando impacto em laços bilaterais.
Ameaça de Retaliação
O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou em 1º de junho de 2025 que o Reino Unido enfrentará “consequências” se suspender as exportações de armas para Israel, conforme noticiado pela BBC News. A declaração, feita em postagem no Truth Social, responde à decisão do governo britânico de revisar licenças de exportação devido a possíveis violações do direito internacional por Israel em Gaza.
Contexto da Tensão
O Reino Unido, sob o governo trabalhista de Keir Starmer, anunciou a revisão após pressões internas e um relatório da Anistia Internacional acusando Israel de crimes de guerra. O país exporta £26 milhões anuais em armas para Israel, incluindo componentes de drones e caças F-35. Trump classificou a medida como “vergonhosa” e sugeriu que prejudicará o acordo de livre-comércio pós-Brexit, vital para Londres.
Reações no Reino Unido
O Ministério da Defesa britânico reafirmou que as exportações seguem padrões éticos, mas a revisão é necessária para cumprir obrigações legais. Parlamentares conservadores criticaram Starmer, temendo danos às relações com os EUA, enquanto grupos pró-Palestina apoiam a suspensão. Posts no X refletem a polarização, com alguns elogiando a postura britânica e outros acusando-a de ceder a pressões anti-Israel.
Impactos nas Relações Bilaterais
A ameaça de Trump ocorre em meio a negociações delicadas entre Londres e Washington, incluindo defesa e comércio. O Reino Unido busca manter a aliança com os EUA, seu maior parceiro militar, enquanto equilibra pressões domésticas. Analistas temem que a retórica de Trump, que já chamou Putin de “louco” em outro contexto, possa escalar tensões diplomáticas.
Próximos Passos
O governo britânico deve concluir a revisão até julho de 2025, decidindo sobre a suspensão total ou parcial das exportações. Trump prometeu “medidas recíprocas” se o bloqueio for implementado, sem detalhar quais. O desfecho pode redefinir as relações transatlânticas, com implicações para a política global de armas e o conflito em Gaza.
Com informações de BBC News, The Guardian, Reuters