A morte do bebê Davi Elô após o parto no ISEA, em Campina Grande, levou a denúncias de negligência médica. A Polícia Civil investiga o caso, que ganhou repercussão nas redes sociais.
Bebê Morre Após Parto e Família Denuncia Negligência Médica
A morte do bebê Davi Elô, ocorrida após o parto da mãe, Danielle, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, gerou denúncias de negligência médica e levou à abertura de uma investigação pela Polícia Civil. O caso ganhou visibilidade após a família expor a situação nas redes sociais, relatando falhas no atendimento durante o parto.
Danielle estava sob os cuidados do médico Dr. Mario de Oliveira Filho devido a complicações prévias na gravidez, incluindo um tromboembolismo que exigia o uso contínuo de anticoagulantes. O parto vaginal foi indicado como seguro pelo médico após a internação da gestante com três centímetros de dilatação, no dia 27 de fevereiro.
Indução ao Parto e Complicações
A indução ao parto começou na tarde do dia 28 de fevereiro, inicialmente com comprimidos intravaginais e, posteriormente, com uma medicação intravenosa que aumentou a intensidade das contrações. Na madrugada de 1º de março, Danielle começou a sentir sintomas graves, como vômitos e tremores, mas, segundo relatos da família, foi ignorada pela equipe médica, que alegou serem sintomas “normais”.
Duas enfermeiras, sem consultar o médico responsável, aumentaram a dosagem do medicamento, o que levou Danielle a desmaiar e interromper o parto, já em fase avançada. O bebê, que chegou a ter a cabeça coroada, foi recolocado no útero, causando um rompimento uterino. Uma cirurgia de emergência foi realizada, mas Davi Elô nasceu sem vida, e Danielle teve o útero removido, impedindo futuras gravidezes.
Investigação e Repercussão
A Polícia Civil já iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do caso. Exames toxicológicos e periciais, incluindo a análise do útero removido, serão realizados. O Conselho Regional de Medicina e o Ministério Público da Paraíba aguardam os resultados das investigações para se pronunciarem.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campina Grande informou que abriu uma sindicância interna e prometeu oferecer suporte psicológico e assistencial à família. Além disso, outras denúncias envolvendo casos semelhantes no ISEA surgiram nas redes sociais, incluindo relatos de suposta troca de bebês e negligências em outros partos.
Família Busca Justiça
A família de Davi Elô exige justiça e responsabilização pelos erros cometidos durante o parto. “Não descansaremos até que os responsáveis sejam punidos. Davi Elô e nossa família merecem justiça”, afirmou o pai do bebê.
O caso chama a atenção para a necessidade de melhorias no atendimento médico e na segurança dos procedimentos obstétricos, garantindo que situações como essa não se repitam.
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