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Cícero Lucena sinaliza veto à exigência de atestado médico para corredores em João Pessoa

Prefeito de João Pessoa indica veto a projeto que exige atestado médico para provas de rua, citando impacto negativo na participação de corredores.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), manifestou nesta terça-feira (18) a intenção de vetar o projeto aprovado pela Câmara Municipal que torna obrigatória a apresentação de atestado médico para corredores que participam de provas de rua na capital paraibana. A proposta, de autoria do vereador Bosquinho (PV), gerou amplo debate entre atletas e organizadores de eventos esportivos locais.

Argumentos do prefeito

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, o gestor destacou que a medida pode dificultar a participação e prejudicar o calendário de competições na cidade. Segundo ele, a exigência de um laudo médico pode desencorajar atletas, inclusive de outras regiões, como Sapé, Recife e Caruaru, a se inscreverem nos eventos.

“Vou ouvir especialistas, avaliar a viabilidade e os impactos. Mas, na prática, isso inviabiliza. É claro que inviabiliza. Você abre inscrições e tem participantes de outras cidades… Esse pessoal deixa de vir. Eles vão optar por correr onde não é exigido laudo”, afirmou Cícero Lucena.

Contexto das corridas de rua

O prefeito ressaltou ainda que a participação em corridas de rua é, em grande parte, espontânea e voluntária, com os próprios atletas adotando cuidados em relação à saúde. “A maioria já se avalia. Em academia, sim, existe a obrigatoriedade do teste de esforço. Mas corrida de rua é livre, você se inscreve se quiser”, completou.

Repercussão após fatalidade na Meia Maratona

O tema ganhou ainda mais importância após a morte de um corredor durante a Meia Maratona de João Pessoa, realizada no último domingo. O prefeito classificou o episódio como uma tragédia imprevisível, lembrando que o atleta falecido possuía atestado médico válido. “Foi uma fatalidade. Ele passou mal, um colega achou que era apenas cansaço… Particularmente, considero que essa medida é um desserviço”, concluiu.

A decisão final do prefeito permanece em avaliação enquanto especialistas e representantes do segmento esportivo são consultados para medir o impacto real da exigência.


[Da redação do Movimento PB]
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