Com 2.808 novas usinas solares no 1º trimestre de 2025, Paraíba avança 55,4% e se consolida como polo de energia limpa no Brasil.
Fatores do Sucesso Paraibano
Rafael Targino, presidente da Associação Paraibana de Energias Renováveis, atribui o crescimento a fatores como alta incidência solar, conscientização ambiental e economia financeira. “O sol abundante da Paraíba é transformado em redução de custos e sustentabilidade. Com tarifas de energia convencional em alta e equipamentos mais baratos, o retorno do investimento é até 50% mais rápido que há cinco anos”, explica. Linhas de crédito acessíveis, como as do Sicredi, que financiou R$ 79,2 milhões em 2024, também impulsionam o setor.
Sustentabilidade e Impacto Ambiental
Além da economia, a energia solar reduz significativamente a pegada de carbono. Em 2025, as usinas paraibanas evitaram a emissão de 3.369 toneladas de CO², segundo Targino. A geração distribuída, predominante em residências, comércios e áreas rurais, responde por 374,9 MW de potência instalada, com destaque para o sertão, onde valores de irradiação chegam a 800 W/m². A eficiência é reforçada por políticas estaduais, como isenção de ICMS para equipamentos solares e agilidade no licenciamento ambiental pela Sudema.
Projeções e Desafios
A Associação Paraibana de Energias Renováveis prevê que o estado supere 10 mil usinas solares até o fim de 2025, com forte adesão no interior, especialmente entre produtores rurais. Contudo, o crescimento acelerado traz desafios. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alerta para riscos de sobrecarga em subestações, devido à expansão da geração distribuída, o que exige modernização da infraestrutura elétrica. Apesar disso, Targino é otimista: “A Paraíba pode liderar o Nordeste com energia limpa e acessível.”
Por redação do Movimento PB com informações de Aneel
