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Relatório do MPF Aponta Riscos Graves à Segurança no Hospital de Trauma de João Pessoa

Vistoria Revela Irregularidades

Em 16 de junho de 2025, uma vistoria realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, constatou sérias falhas de segurança. O relatório técnico, divulgado na terça-feira (17), aponta que a rede de hidrantes da unidade não funciona, representando um risco crítico em caso de incêndio. A inspeção foi motivada por dois incêndios registrados no hospital em menos de seis meses, em 11 de maio e 1º de junho de 2025, que exigiram evacuações e transferências de pacientes.

Detalhes da Inspeção

A vistoria, coordenada pelo 48º promotor de Justiça, Leonardo Pereira de Assis, e pela procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Janaina Andrade, contou com a participação do Corpo de Bombeiros, do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PB). Além da rede de hidrantes inoperante, o relatório identificou irregularidades nas instalações elétricas e nas áreas em reforma, aumentando os riscos à segurança. O MPF encaminhará o documento à Promotoria de Justiça para medidas urgentes.

Histórico de Incêndios

O primeiro incêndio, em 11 de maio de 2025, foi causado por um curto-circuito em um ar-condicionado, levando à evacuação de pacientes para a área externa. O segundo, em 1º de junho, também exigiu transferências, com fumaça forçando a retirada de internos. Apesar de controlados pelo Corpo de Bombeiros e pela brigada do hospital, os incidentes expuseram fragilidades estruturais. A direção, liderada por Laércio Bragante, informou que os setores afetados foram isolados, mas a falta de hidrantes operantes preocupa.

Reações e Cobranças

O promotor Leonardo Assis destacou que a vistoria foi decidida em uma audiência em 27 de maio, após os incêndios, para avaliar medidas de proteção contra fogo. Janaina Andrade reforçou a “relevância crítica” do problema, já que a ausência de hidrantes pode inviabilizar ações imediatas da brigada de incêndio. Nas redes, posts como o da @sireporter criticaram a negligência, enquanto a população cobra soluções rápidas. O governo da Paraíba ainda não detalhou um plano de correção.

Próximos Passos

O relatório do MPF e MPPB exige “ações imediatas e efetivas” para sanar as falhas. A direção do hospital deve apresentar um cronograma de reformas, enquanto o MPF e MPPB planejam monitorar a implementação. A situação reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura hospitalar, especialmente em um centro de referência como o Trauma, que atende milhares de paraibanos. A pressão por segurança cresce, com a expectativa de que tragédias sejam evitadas.

Fontes: Com informações de Jornal da Paraíba, G1, MPPB, MPF e posts no X.

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