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Influenciador paraibano Hytalo Santos é preso com o marido em São Paulo

Acusados de exploração de menores nas redes sociais, Hytalo e Israel Vicente foram detidos preventivamente após o juiz considerar que eles tentaram ocultar provas da investigação.

O influenciador digital paraibano Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente nesta sexta-feira (15) em uma residência em Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão é resultado de uma investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre suposta exploração e exposição de menores de idade em conteúdos para as redes sociais. O caso, que já vinha sendo investigado há meses, ganhou grande repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre a “adultização” de crianças.

A prisão do casal foi determinada pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, de Bayeux, que justificou a medida pela necessidade de impedir a destruição de provas e a intimidação de testemunhas. Segundo o magistrado, há fortes indícios de diversos crimes, como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil irregular e constrangimento de menores. A decisão aponta que os investigados já haviam destruído elementos de prova e removido equipamentos de sua residência em João Pessoa, o que evidencia uma tentativa coordenada de obstruir a investigação.

As ações judiciais contra Hytalo Santos se intensificaram após o vídeo de Felca e incluíram a suspensão de suas redes sociais, a desmonetização de seus conteúdos e a apreensão de celulares e computadores em sua residência na capital paraibana. A Justiça também proibiu o influenciador de manter contato com os adolescentes citados nos processos. A defesa do casal, representada pelo advogado Sean Abib, afirmou que irá se inteirar da decisão judicial e que Hytalo nega todas as acusações, reiterando que jamais compactuou com atos que atentem contra a dignidade de crianças e adolescentes.

As investigações do MPPB e do MPT começaram em 2024, muito antes do vídeo de Felca, e atuam em duas frentes: a promotoria de Bayeux, que apurou denúncias de festas com álcool e topless com adolescentes, e a de João Pessoa, que investiga um possível esquema de “emancipação” de menores em troca de presentes para suas famílias. As autoridades reforçam que as prisões são uma medida extrema, mas necessária para garantir a integridade do processo investigativo e a proteção das vítimas.

Da redação com informações da TV Globo e g1 SP

Redação do Movimento PB GME-GOO-15082025-A7D4E1-25F

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