Denúncia feita por padre durante missa ao vivo impulsiona investigação sobre bar suspeito de sortear mulheres como prêmios, com indícios de crimes graves.
A Polícia Civil da Paraíba informou ter identificado um bar na cidade de Lagoa de Dentro que seria o cenário de um suposto “bingo de mulheres”. A denúncia, feita publicamente pelo padre Adauto Tavares durante uma missa transmitida ao vivo no último domingo (9), acusa o estabelecimento de sortear mulheres como prêmios.
De acordo com o delegado Sylvio Rabelo, um dos donos do bar foi ouvido e negou a prática irregular. Rabelo ressaltou que o local é administrado por pai e filho e que, rotineiramente, recebem mulheres vinculadas à prostituição. Em resposta à denúncia, o estabelecimento continua funcionando, comercializando bebidas e petiscos, mas teve suas atividades relacionadas a jogos de azar e outras supostas irregularidades interditadas.
O padre Adauto Tavares, responsável pela denúncia, foi ouvido pela polícia na tarde desta quarta-feira (12). Segundo o delegado, o religioso tomou conhecimento do esquema por meio de conversas informais com fiéis, após uma missa realizada em um sítio próximo ao bar. “Ele relatou que, como líder religioso, tinha a obrigação de comunicar os fatos. Por isso, fez a denúncia durante a missa dominical, e a Polícia Civil tomou conhecimento, iniciando as investigações. De fato, existe um bar nesse sítio que estava promovendo esse tipo de bingo”, declarou Rabelo.
Além das investigações policiais, um inquérito foi instaurado nesta terça-feira (11) para apurar denúncias que apontam indícios de corrupção de menores, favorecimento à prostituição e aliciamento. O delegado informou que também se reunirá com representantes do Ministério Público da Paraíba para alinhar as investigações e identificar os responsáveis.
Em meio à comoção, o padre denunciou o esquema ao vivo e exortou os fiéis: “Não acoberte ninguém! Leva para a Justiça”, enfatizando seu compromisso com a ética e os direitos humanos.
O Ministério Público, por meio do promotor Rafael Garcia Teixeira, declarou que busca identificar todos os envolvidos e os locais onde tais eventos ocorreriam, inclusive possíveis vítimas menores, mantendo canais de denúncia abertos para a população.
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Com informações de Jornal da Paraíba Online