A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Terezinha Domiciano, visitará nesta terça-feira (25) a unidade do curso de Direito em Santa Rita, no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), após denúncias de má gestão e condições precárias apontadas pelo Centro Acadêmico Manoel Mattos (CAMM). Em uma nota de repúdio divulgada no Instagram, os estudantes acusam a universidade de “esquecimento e invisibilização sistemática” do campus, destacando problemas graves como infiltrações, mofo e falta de manutenção nas salas de aula.
Denúncias dos Estudantes
O CAMM relata que as turmas do sétimo ao décimo períodos enfrentam condições críticas, com infiltrações e mofo tornando os ambientes insalubres e inadequados para o ensino. Fotos publicadas nas redes sociais mostram paredes danificadas e umidade visível, evidenciando a deterioração. A situação, segundo os alunos, força professores a ministrar aulas em espaços improvisados, comprometendo a qualidade da formação. Juliette Freire, ex-aluna de Direito da UFPB e vencedora do BBB 21, engrossou o coro no Instagram: “O DCJ merece respeito e reconhecimento. É lamentável que os gestores não vejam isso. O que precisamos fazer para sermos ouvidos?!”
Resposta da Coordenação
Clóvis Falcão, coordenador do curso de Direito no CCJ, reconhece a gravidade do problema. Ele aponta que quatro salas precisam de reparos urgentes, agravados pelas chuvas de fevereiro de 2025. A Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) da UFPB informou à coordenação que as obras começarão nesta terça (25), com previsão de conclusão em 19 de maio. “As reivindicações dos estudantes são legítimas e expõem a precarização orçamentária das universidades públicas e o abandono dos campi fora de sede”, afirmou Falcão.
Na segunda-feira (24), uma reunião aberta com professores e alunos discutiu a crise. “O diálogo é constante”, garantiu o coordenador. Como medida emergencial, o DCJ tem realocado turmas para outros espaços do campus enquanto as reformas não se concretizam.
Contexto e Expectativas
A visita de Terezinha Domiciano ocorre em um momento de pressão por melhorias na infraestrutura da UFPB, que enfrenta desafios como obras paralisadas e cortes de orçamento. Em entrevista recente à Política JP (18/11/2024), a reitora estimou ser necessário R$ 200 milhões para concluir 34 obras inacabadas na universidade, incluindo prédios em Santa Rita. A gestão atual, iniciada em novembro de 2024, tem prometido priorizar a recuperação dos campi.
Clóvis Falcão espera que a situação impulsione um diálogo mais maduro com a Administração Superior. “Que isso fortaleça a UFPB para servir melhor à população de Santa Rita”, concluiu.
Com informações de Termômetro da Política
