7 de Setembro de Ruas Divididas: Protestos por Anistia a Bolsonaro e por Soberania Marcam o Dia da Independência
Enquanto manifestantes de direita pedem liberdade para o ex-presidente em Brasília e no Rio, grupos de esquerda vão às ruas em São Paulo contra anistia e em defesa da soberania nacional.
O 203º aniversário da Independência do Brasil, celebrado neste 7 de setembro, foi um reflexo da profunda polarização política que define o país. Em vez de uma celebração unificada, as principais capitais brasileiras se tornaram palcos de manifestações distintas e antagônicas, com grupos de esquerda e de direita mobilizados por pautas que vão desde a soberania nacional até a anistia para figuras políticas controversas.
Os atos, que ocorreram em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, evidenciaram um país dividido, onde diferentes visões de futuro disputam espaço nas ruas e no debate público.
Brasília: O Epicentro dos Atos Contrários
Na capital federal, a Esplanada dos Ministérios e seus arredores foram ocupados por forças opostas. Manifestantes alinhados à direita se concentraram no gramado da Funarte, perto da Torre de TV, exigindo a liberdade de Jair Bolsonaro (PL), que atualmente se encontra sob prisão domiciliar. Com um público estimado pelos organizadores em cerca de 30 mil pessoas, os atos pediam anistia ampla para o ex-presidente e a destituição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Do outro lado do espectro político, um ato de esquerda na Praça Zumbi dos Palmares se posicionou firmemente contra qualquer tipo de anistia para os envolvidos nos episódios de 8 de janeiro. Para este grupo, a pauta principal foi a defesa da soberania do Brasil, com críticas a qualquer forma de perdão legal para os responsáveis por ataques à democracia.
São Paulo: Bonecos Infláveis e a Defesa da Soberania
Em São Paulo, a manifestação da esquerda, na Praça da República, utilizou elementos visuais e simbólicos para marcar sua posição. Convocado por centrais sindicais e movimentos populares, o ato contou com bonecos infláveis do ex-presidente Jair Bolsonaro vestido de presidiário e do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O objetivo era criticar as propostas de anistia e reafirmar a autonomia nacional.
Com bandeiras vermelhas misturadas às do Brasil, os manifestantes entoaram lemas como “O Brasil é dos brasileiros”, em um claro recado contra o que consideram interferências externas e projetos que poderiam comprometer a legalidade. Em paralelo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) participaram do tradicional desfile cívico-militar na Zona Norte da cidade.
Rio de Janeiro: Copacabana como Palco da Direita
No Rio de Janeiro, a divisão também foi nítida. Enquanto o desfile oficial ocorria no Centro, a orla de Copacabana foi tomada por um grande grupo de manifestantes em apoio a Jair Bolsonaro e à anistia. Assim como em Brasília, as críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes foram pautas centrais. A presença de figuras políticas como o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o governador Cláudio Castro (PL) reforçou o caráter político do evento.
Um Retrato da Nação
O 7 de setembro de 2025 transcendeu a celebração cívica para se tornar um termômetro da saúde política do Brasil. As manifestações paralelas não apenas expuseram a fratura ideológica da sociedade, mas também demonstraram a vitalidade do engajamento popular. Em uma nação marcada por vozes distintas em uma luta comum por espaço, os brasileiros mostraram que, apesar das divisões, a paixão pelo futuro do país continua a ser uma força mobilizadora poderosa.
Da redação, com informações dos principais jornais online do país
Redação do Movimento PB [NMG-OGO-07092025-6B2D9A-15P]
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