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Aliados de Bolsonaro na Paraíba reagem à prisão preventiva com retórica de “perseguição” e “ditadura”

Aliados de Bolsonaro na Paraíba reagem à prisão preventiva com retórica de “perseguição” e “ditadura”

De Efraim Filho a Cabo Gilberto, base bolsonarista no estado classifica decisão da Polícia Federal como injustiça e “violência política”.

A decretação da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, na manhã deste sábado (22), desencadeou uma série de reações imediatas e contundentes entre seus aliados políticos na Paraíba. A decisão judicial, motivada pela avaliação de que uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro poderia sinalizar risco de fuga, foi recebida pela base local como um ato de perseguição política.

O deputado federal Cabo Gilberto Silva, uma das principais vozes do bolsonarismo no estado, classificou o episódio como “vergonhoso”. Adotando uma narrativa religiosa, o parlamentar questionou a fundamentação da medida: “A prisão foi por causa de uma vigília de oração. Desde quando cultuar a Deus se tornou crime neste país?”.

Solidariedade e críticas ao Judiciário

O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, manifestou solidariedade à família Bolsonaro, definindo a prisão como uma “violência contra um grande homem público” e, por extensão, contra o Brasil. Queiroga refutou a tese de risco de fuga, argumentando que a vigília tinha propósito espiritual em prol da saúde do ex-presidente, que ainda sofre consequências do atentado de 2018.

Seguindo a mesma linha, o comunicador e ex-candidato ao governo, Nilvan Ferreira, expressou “dor na alma” e sentimento de injustiça. Ele ressaltou que Bolsonaro já se encontrava sob medidas restritivas severas, como prisão domiciliar e uso de tornozeleira. “Enclausurado, censurado, perseguido”, descreveu Nilvan, criticando a detenção antes do trânsito em julgado.

Discurso radicalizado e cenário para 2026

O tom mais agressivo partiu do deputado estadual Walber Virgolino. Ao publicar uma imagem do ex-presidente amordaçado, o parlamentar sugeriu que o país vive um estado de exceção. “O Estado mandando um recado: não se metam com a nossa ditadura, você pode ser o próximo a ser preso”, escreveu, reforçando a retórica de confronto institucional.

Já o senador Efraim Filho, pré-candidato ao governo da Paraíba em 2026, adotou um tom de indignação, mas focado na crítica ao sistema de justiça. Ele afirmou que a prisão causa tristeza a quem vê a justiça como “caminho e não como arma”. A reação de Efraim carrega um peso político estratégico, visto que o senador conta com o apoio do PL, partido de Bolsonaro, para viabilizar sua candidatura ao Palácio da Redenção no próximo pleito.

Adaptado das redes sociais, pela redação do Movimento PB.

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