Por Redação do Movimento PB, com informações do Terra
A proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que amplia de 513 para 556 o número de cadeiras na Casa pode custar caro ao contribuinte. Segundo projeção da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da própria Câmara, a mudança representará um impacto de R$ 648 milhões por ano aos cofres públicos.
A alteração atende à redistribuição demográfica apontada pelo Censo de 2022, contemplando estados como Amazonas, Santa Catarina, Pará e Ceará com mais representantes. Por outro lado, a medida tem gerado críticas entre parlamentares da oposição e setores da sociedade civil, que argumentam que o aumento de despesas não se justifica em meio a demandas urgentes em áreas como saúde e educação.
A proposta ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionada pela Presidência da República para entrar em vigor. Caso seja validada, já valerá para as eleições de 2026. Além dos salários e benefícios dos novos deputados, o impacto orçamentário inclui gastos com assessores, gabinete, transporte, estrutura e verbas de gabinete.
O relator da proposta, deputado Domingos Neto (PSD-CE), defende a medida como uma atualização justa. “É uma correção necessária para respeitar a representatividade dos estados, que foi distorcida com o tempo”, afirmou. A bancada governista também vê com bons olhos a mudança, especialmente por ampliar o poder de articulação em regiões onde busca consolidar sua base.
