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Após operação letal no Rio, Gleisi Hoffmann rebate Cláudio Castro e defende PEC da Segurança

Ministra critica ação “isolada” do governador e afirma que forças federais devem participar do planejamento, e não apenas fornecer equipamentos.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (28/10) que o cenário de violência no Rio de Janeiro demonstra a urgência para aprovação da PEC da Segurança Pública, que amplia as competências do governo federal.

A megaoperação deflagrada contra o Comando Vermelho hoje já deixou 64 mortos, tornando-se a operação mais letal da história do estado. Em retaliação, grupos criminosos fecharam rodovias, criando um cenário de caos. “Ficou mais uma vez evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado”, escreveu Gleisi nas redes sociais.

Em uma alfinetada direta ao governador Cláudio Castro (PL), a ministra afirmou que as forças federais precisam participar do planejamento e execução das ações, e “não apenas fornecendo armas, equipamentos e tropas para operações decididas isoladamente por governos locais”.

Falha na articulação e GLO

A operação causou um conflito público entre os governos estadual e federal. Castro diz ter pedido apoio às Forças Armadas com o fornecimento de blindados. No entanto, os veículos só podem ser acionados caso haja uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) decretada, o que não foi solicitado pelo governador.

A ação do governo fluminense está sendo criticada pela desorganização. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, após as falas de Castro, informou ter atendido a todos os pedidos do estado para reforçar a segurança com o uso da Força Nacional.

Gleisi Hoffmann também destacou a necessidade de ações precedidas de “operações de Inteligência, inclusive inteligência financeira”. “É isso que o governo do presidente Lula propõe na PEC da Segurança Pública: uma grande articulação com os governos estaduais, em que somente o crime sairá perdendo”, acrescentou.

Adaptado de texto de Correio Brasiliense, pela redação do Movimento PB [MNG-OOG-29102025-2131-C5D8E2F-V018]