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Base governista da Paraíba enfrenta tensão interna com críticas de Tibério Limeira a Gervásio Maia

Conflito entre secretariado e bancada federal sinaliza reordenamento político para 2026

O governo do estado da Paraíba vive um momento de intriga política, provocado por falas do secretário de Estado da Administração, Tibério Limeira (PSB), que acusou o deputado federal Gervásio Maia (PSB) de buscar motivos para romper com a legenda governista — numa movimentação considerada “muito clara”. A declaração, proferida nesta sexta-feira (24), acendeu o alerta sobre a estabilidade da aliança que sustenta o grupo no poder e abre precedentes para disputas internas que podem se intensificar até as eleições de 2026. 2

Segundo Tibério, Gervásio estaria articulando sua saída do PSB, usando como pretexto divergências com a liderança estadual. “Os movimentos são muito claros”, afirmou o secretário, reforçando que a coesão partidária deve prevalecer para garantir o alinhamento do governo. 3

Resposta da bancada federal e preocupação com 2026

Em retaliação, Gervásio Maia rebateu as acusações dizendo-se “eleitor do chefe dele”, em alusão à fidelidade ideológica ao governador em exercício Lucas Ribeiro (PP), e afirmou que o secretário não pode “atacar os eleitores do chefe dele”. 5 As declarações mostram que a instabilidade atravessa não apenas o Executivo estadual, mas alcança a bancada federal, o que pode enfraquecer a capacidade de articulação política da base no Congresso.

Impactos para a conjuntura estadual

Essa tensão ocorre em um momento estratégico, a menos de um ano do calendário oficial de convenções partidárias para as eleições de 2026. O cenário interno do PSB/PB pode se transformar em um divisor de águas na sucessão estadual, na medida em que o partido decide entre manter unidade ou fragmentar-se.

Se Gervásio consumar a saída ou promover nova sigla, ele poderá levar parte da bancada federal e provocar uma redistribuição de forças que beneficiaria setores da oposição. Já a ala que segue com Tibério Limeira defende o fortalecimento do partido para preservar a linha de sustentação do governo.

Próximos passos e fatores de risco

Para manter a coesão, a liderança do governo estadual deve promover diálogo interno e possíveis ajustes de cargos ou de projetos para acomodar as diferentes correntes. Nos bastidores, fala-se em movimentações de filiação, fusões e novos programas de governo com vistas à reeleição e à sucessão estadual. Ainda assim, o risco de diluição de votos, siglas enfraquecidas e alianças inesperadas para 2026 permanece real.

Como aponta um analista político local, “a base governista precisa resolver esse impasse o quanto antes, ou corre o risco de entregar terreno para a oposição nua e crua”.

Da redação, com informações da PB Agora e ParaibaOnline.

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