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Campina Grande enfrenta risco de colapso na saúde após ausência da Prefeitura em reunião e atraso de salários

A crise na Saúde Pública de Campina Grande chegou a um ponto crítico após a ausência de representantes da Prefeitura Municipal em uma reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde, realizada nesta segunda-feira (27). O encontro tinha como objetivo discutir o atraso no pagamento de servidores e prestadores de serviço, mas terminou sem qualquer avanço.

Vereadora alerta para iminente colapso no sistema de saúde

Durante a reunião, a vereadora Jô Oliveira (PCdoB)“Não tínhamos a presença do poder público municipal. Ninguém que pudesse responder pela administração se fez presente”, declarou a parlamentar em entrevista ao Portal WSCOM, criticando a falta de diálogo da gestão municipal com os trabalhadores.

Segundo Jô, os servidores e prestadores da Rede Complementar do SUS em Campina Grande estão há quase dois meses sem receber. “O salário referente ao mês de setembro, que deveria ter sido pago no dia 10 de outubro, ainda não foi quitado. Estamos no dia 27 e nada foi feito”, destacou.

Serviços essenciais ameaçados

A vereadora manifestou preocupação com a continuidade dos serviços hospitalares, que atendem não apenas moradores de Campina Grande, mas também pacientes de várias cidades do interior da Paraíba. Ela alertou que a crise financeira ameaça diretamente unidades de saúde que realizam atendimentos críticos, como oncologia e hemodiálise.

“Sinceramente, não sei se a cidade aguenta mais dois meses dessa forma. As entidades estão segurando até onde podem, mas sem o mínimo de recursos para pagar custeio e manter os hospitais funcionando, não tem como. Estamos falando de vidas”, enfatizou a vereadora.

Um problema que se arrasta há um ano

De acordo com a parlamentar, a crise nos pagamentos não é nova e vem se agravando desde novembro de 2024. “Há exatamente um ano que a gente vem falando dos atrasos dos pagamentos dos prestadores e servidores”, lembrou Jô Oliveira, reforçando que o impasse coloca em risco toda a rede de atenção básica e hospitalar da cidade.

Além de comprometer o atendimento, o cenário também gera insegurança entre os profissionais da saúde, que acumulam meses de salários atrasados e incerteza sobre o futuro. A ausência da gestão municipal na reunião reforçou a sensação de abandono entre os servidores e representantes do setor.

Repercussões e cobrança por soluções

A expectativa agora é de que o tema volte à pauta da Câmara Municipal e que o Ministério Público da Paraíba acompanhe o caso. A falta de transparência e o silêncio da administração de Campina Grande têm sido duramente criticados por sindicatos e conselhos de saúde, que exigem um plano emergencial de pagamento e a retomada do diálogo institucional.

Conclusão

A ausência da Prefeitura em um momento tão delicado reforça a crise de gestão na Saúde de Campina Grande. Com servidores desmotivados e hospitais à beira da paralisação, a cidade corre o risco de enfrentar um colapso no atendimento básico e especializado — um cenário que exigirá medidas urgentes para evitar o agravamento de uma crise humanitária.

Com informações de WSCOM e da Câmara Municipal de Campina Grande.

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