Crises Digitais do Governo Lula Explodem em Maio, Diz Estudo

Tempestade Digital no Planalto

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou em maio de 2025 o maior volume de crises digitais desde o início de seu mandato, segundo estudo da Ativaweb, analisado pela MyNews. A análise de 5 mil menções públicas revelou que 89% das postagens nas redes sociais sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foram negativas, mirando diretamente o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apenas 1% defendeu a medida, usando o argumento de que “o Brasil precisa arrecadar”.

Contexto da Crise do IOF

Anunciado em 22 de maio, o aumento do IOF, que elevou alíquotas para operações como compras internacionais com cartão (de 3,38% para 3,5%) e aquisição de moeda estrangeira (de 1,1% para 3,5%), gerou forte reação. Horas após o anúncio, o governo recuou parcialmente, restaurando a alíquota zero para fundos de investimento no exterior, após críticas do mercado financeiro e pressão nas redes. A Fazenda estimava arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025, mas o recuo reduziu essa projeção, exigindo maior contingenciamento de gastos.

Acúmulo de Desgastes

A crise do IOF não foi isolada. Desde janeiro, o governo enfrenta reveses digitais, como a tentativa de taxar o PIX, escândalos de descontos indevidos no INSS, alta nos preços de alimentos e críticas à primeira-dama Janja. O vaivém em trocas ministeriais também alimentou a insatisfação. Segundo a Ativaweb, maio concentrou o maior número de crises digitais, com hashtags como #governoladrão e #taxadd amplificando o descontentamento. O Nordeste e o Norte lideraram as críticas, desafiando a ideia de que o desgaste se limita ao Sudeste.

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Falhas na Comunicação

O estudo aponta que o governo perdeu a narrativa por inação. Sem antecipação de crises ou resposta efetiva, o Planalto deixou um vácuo explorado pela oposição. “O digital não perdoa silêncio”, diz a análise, criticando a ausência de “guerra de hashtags” ou porta-vozes digitais. O influenciador Felipe Neto, apoiador de Lula, criticou a falta de materiais explicativos simples, como cartilhas ou vídeos, para engajar a população. Especialistas, como Daniel Zimmermann (USP), reforçam que a comunicação deficiente amplifica ruídos em uma sociedade polarizada.

Implicações Políticas

A crise do IOF expôs tensões internas. Aliados apontam que Lula e Haddad “conversam, mas não se ouvem”, com o presidente focado em compromissos sociais, como isenção de energia para 60 milhões de brasileiros, e o ministro buscando equilíbrio fiscal. A oposição, incluindo partidos como União Brasil, protocolou 19 projetos na Câmara para derrubar o decreto, enquanto o mercado financeiro pressionou pelo recuo. A percepção de despreparo e a queda na aprovação (de 47% para 41%, segundo a Quaest) ameaçam a estratégia de Lula para 2026.

Com informações de Tá na Área, MyNews, Folha de S.Paulo, UOL


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