A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi apresentada na noite desta terça-feira (18) e inclui 34 pessoas.
De acordo com a PGR, o plano tinha como objetivo “a derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática” e era parte de uma operação descrita como “aterradora”. O documento afirma que Bolsonaro “anuiu” ao plano, mesmo após o Ministério da Defesa reconhecer que não houve fraude nas eleições de 2022.
A investigação aponta que a conspiração envolvia “minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas” e que o Supremo Tribunal Federal era um dos alvos a serem “neutralizados”. Além disso, o plano cogitava o uso de armas bélicas contra o ministro Alexandre de Moraes e a morte de Lula por envenenamento.
A denúncia reforça as acusações de tentativa de ataque às instituições democráticas e ao Estado de Direito, envolvendo altos escalões do governo anterior. O caso segue em análise pelo STF.