Deputado aciona TCU contra indicação de Anielle Franco para conselho da Alelo
A nomeação da ministra da Igualdade Racial pelo Banco do Brasil para a empresa de pagamentos está sendo questionada por suposta violação da Lei das Estatais
O deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para contestar a nomeação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para o conselho de administração da Alelo. A indicação foi feita pelo Banco do Brasil, que gere a empresa em parceria com o Bradesco. Segundo o deputado, a nomeação fere a Lei das Estatais e o Estatuto dos Servidores da União, além de criar um possível conflito de interesses.
Com a nova função no conselho da Alelo, Anielle Franco poderia receber um adicional de até R$ 15 mil, somando-se ao salário de R$ 46 mil que já recebe como ministra. A reportagem do Estadão revelou que o governo federal tem usado essa prática para complementar a renda de aliados, com 323 pessoas ligadas ao Executivo ocupando cargos semelhantes até abril. Em alguns casos, os indicados não têm a experiência necessária para atuar nas áreas das empresas em que foram alocados.
O Banco do Brasil, por sua vez, defendeu a nomeação da ministra, afirmando que a escolha seguiu todos os critérios e requisitos de governança corporativa. A instituição destacou a importância da diversidade de perfis e experiências para a composição de seus colegiados. O deputado Siqueira, no entanto, argumenta que a vaga deveria ser ocupada por um profissional com experiência técnica no setor e pediu ao TCU que suspenda a nomeação. A ministra Anielle Franco não se pronunciou sobre o caso até a publicação da matéria.
Apesar da contestação, a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República já havia analisado a indicação de Anielle e a considerou válida. O órgão concluiu que as duas funções são compatíveis, mas determinou que a ministra se abstenha de divulgar ou usar informações privilegiadas obtidas em sua nova função. Antes da Alelo, Anielle Franco também integrou o conselho de administração da Tupy, uma metalúrgica privada na qual o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem participação.
Da redação com informações do Estadão
Redação do Movimento PB GME-GOO-14082025-F7D2B5-25F