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Ex-delegado geral de SP é executado a tiros em ataque no litoral paulista

O assassinato do ex-delegado geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, nesta segunda-feira (15), em Praia Grande, reacende o alerta sobre a violência contra agentes de segurança no país. Com mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, Fontes foi alvejado a tiros enquanto dirigia seu veículo na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, no bairro Nova Mirim, por volta das 18h.

O ataque e as consequências

Segundo informações da Polícia Militar, homens armados desceram de outro veículo e efetuaram diversos disparos contra o carro de Fontes. O ex-delegado perdeu o controle do automóvel após ser atingido e morreu no local. Dois transeuntes que passavam pelo local também foram baleados e encaminhados para unidades de saúde, mas não correm risco de morte.

Trajetória de combate ao crime organizado

Ruy Ferraz Fontes teve papel fundamental no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) desde o início dos anos 2000. Como chefe da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos do DEIC, foi pioneiro nas investigações que mapearam a estrutura da facção criminosa e prenderam suas principais lideranças. Durante os ataos de maio de 2006, sua atuação foi considerada decisiva para o controle da crise de segurança pública.

Entre 2019 e 2022, como delegado geral do estado, coordenou a transferência de chefes do PCC para presídios federais em outros estados, medida estratégica para enfraquecer o poder da organização criminosa dentro do sistema prisional paulista.

Repercussão e investigação

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que equipes policiais já localizaram o veículo utilizado pelos criminosos e estão realizando diligências com apoio de ferramentas de inteligência para identificar e prender os envolvidos. A cena do crime foi preservada para perícia técnica.

Tanto a Prefeitura de Praia Grande quanto a SSP-SP emitiram notas lamentando a morte do delegado, destacando sua extensa contribuição para a segurança pública paulista.

Um alerta sobre a escalada da violência

A execução de uma figura com o histórico e relevância de Ruy Ferraz Fontes representa um grave indicador da ousadia do crime organizado no país. Sua morte não é apenas a perda de um profissional dedicado à segurança pública, mas um símbolo preocupante da capacidade de ação de grupos criminosos contra aqueles que os combatem. O caso expõe a necessidade urgente de reforçar mecanismos de proteção a agentes de segurança e de aprofundar estratégias de inteligência para desarticular as organizações criminosas que operam com aparente impunidade. O legado de Fontes no combate ao PCC torna seu assassinato particularmente simbólico e alarmante.

Redação do Movimento PB com informações do G1

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