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Google Informa ao STF que Não Pode Fornecer Dados sobre a “Minuta do Golpe”

Google diz a Alexandre de Moraes que não pode fornecer dados sobre a “minuta do golpe” por falta de URL específica, sugerindo pedido direto a sites.

Resposta do Google ao STF

Em 18 de junho de 2025, o Google Brasil informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que não pode atender à ordem judicial que solicitava dados sobre quem publicou a chamada “minuta do golpe” na internet. A empresa alegou que a decisão não especificou uma URL de conteúdo hospedado por seus serviços, o que inviabiliza a identificação do material. O Google destacou que seu mecanismo de busca apenas indexa páginas de terceiros, sem responsabilidade pelo conteúdo publicado.

Para Entender de Forma Simples

A “minuta do golpe” é um documento que, segundo a Polícia Federal, foi encontrado na casa do ex-ministro Anderson Torres em 2023 e poderia ter sido usado para justificar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Moraes pediu ao Google informações sobre quem colocou o texto online, mas a empresa disse que não tem como ajudar porque não sabe exatamente qual link procurar e só organiza o que já está na internet.

Contexto da Solicitação

A ordem de Moraes, emitida em 17 de junho, atendeu a um pedido da defesa de Torres, réu no núcleo principal da ação penal que investiga uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. Torres afirmou em interrogatório no dia 10 que o documento é público, chamando-o de “minuta do Google”, e pediu uma perícia para comparar a versão encontrada em sua casa com a que circula online. Em 2023, a PF apreendeu uma cópia na residência dele, supostamente conhecida por Bolsonaro.

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Justificativa do Google

O Google argumentou que “a URL é o meio de localização do material na internet e de individualização do conteúdo”. Sem esse detalhe, não pode identificar o responsável pela publicação. A empresa sugeriu que Moraes solicite os dados diretamente aos administradores dos sites que publicaram a minuta, como “O Cafezinho” e “Conjur”, citados por Torres. O Google reforçou que não hospeda esses conteúdos e que sua busca apenas organiza informações disponíveis.

Reações e Impacto

A resposta do Google, enviada dentro do prazo de 48 horas, gerou comentários nas redes. No X, usuários como @KalangoFertunga ironizaram a situação, chamando o documento de “minuta do Google”. A defesa de Torres busca reduzir a relevância da minuta, enquanto Moraes autorizou outras diligências, como uma acareação entre Torres e o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, marcada para 24 de junho. O caso segue em andamento na ação penal 2.668.

Próximos Passos

Com a negativa do Google, Moraes pode direcionar pedidos aos sites mencionados ou buscar outras formas de identificar a origem da minuta online. A investigação continua a apurar a suposta trama golpista, com Bolsonaro e aliados como réus. O STF analisa a pertinência das diligências para esclarecer se a minuta de Torres está ligada a planos antidemocráticos, enquanto a defesa tenta desvinculá-lo da autoria ou divulgação do documento.

Fontes: UOL Notícias, CNN Brasil, G1, Metrópoles, Gazeta do Povo, posts no X.

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