Governo da Paraíba convoca força-tarefa e anuncia plano de emergência contra ‘guerra química’ das bebidas adulteradas

Após primeira morte suspeita no estado, coletiva de imprensa nesta segunda-feira apresentará ações integradas de vigilância, fiscalização e assistência para combater a crise do metanol que aterroriza o país.

A resposta do Governo da Paraíba à crise nacional de bebidas alcoólicas adulteradas será apresentada de forma contundente nesta segunda-feira (6). A Secretaria de Estado da Saúde (SES) convocou uma coletiva de imprensa para as 14h30, onde detalhará o plano de ação emergencial para combater a ameaça. A mobilização ocorre menos de 48 horas após a trágica morte de um homem de 32 anos, em Campina Grande, o primeiro caso fatal suspeito de intoxicação por metanol no estado, elevando a urgência da situação ao nível máximo.

O centro da estratégia do governo é a criação de um Grupo de Trabalho Interdisciplinar, uma verdadeira força-tarefa que une os principais órgãos de controle e segurança do estado. A iniciativa integrará as ações da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), do Procon Estadual, da Polícia Civil, do Instituto de Polícia Científica (IPC), do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOX-JP). O objetivo é criar uma frente unificada e ágil, capaz de atuar em todas as frentes: da fiscalização no ponto de venda à investigação criminal das redes de falsificação e à assistência médica especializada às vítimas.

A coletiva de imprensa não marcará o início, mas sim a intensificação de uma mobilização que já está em curso. Desde a última quarta-feira (1º), a SES já havia determinado a notificação obrigatória e imediata de todos os casos suspeitos na rede hospitalar, além de iniciar a capacitação de profissionais de saúde para o correto manejo clínico dos pacientes. O protocolo inclui a identificação de sintomas-chave como náuseas, vômitos, dor abdominal e, principalmente, alterações visuais, que são características da intoxicação por metanol.

A criação da força-tarefa é a resposta institucional que a Paraíba precisava dar diante de um inimigo invisível e letal. A crise das bebidas adulteradas deixou de ser um problema distante para se tornar uma ameaça real e presente em nosso estado. A ação integrada do governo não é apenas uma medida de saúde pública, mas um ato de soberania e de proteção ao cidadão contra uma forma de crime organizado que lucra com a morte. A expectativa é que, a partir de segunda-feira, a população se sinta mais segura e os criminosos, devidamente intimidados pela força do Estado.

Redação do Movimento PB com informações de Wscom

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