Governo Federal reconhece emergência em 14 cidades paraibanas
Patos e mais 13 municípios da Paraíba recebem status de emergência devido à forte estiagem; estado soma 102 reconhecimentos
Portaria federal oficializa situação crítica
O Governo Federal reconheceu, nesta sexta-feira (06), por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, situação de emergência em 14 cidades da Paraíba devido à forte estiagem que atinge diversas regiões do estado. Entre os municípios listados está Patos, no Sertão paraibano, que enfrenta escassez hídrica e impactos severos no abastecimento e na produção agrícola.
Além de Patos, também tiveram a situação de emergência reconhecida as cidades de Cabaceiras, Cachoeira dos Índios, Cuité, Jericó, Junco do Seridó, Manaíra, Olivedos, Passagem, Riacho dos Cavalos, São Bento, São José de Caiana, São José de Princesa e Taperoá.
Municípios habilitados para recursos federais
Com o reconhecimento, os municípios ficam aptos a solicitar recursos do Governo Federal para ações emergenciais de defesa civil. As medidas incluem a compra de cestas básicas, distribuição de água potável, fornecimento de refeições para trabalhadores e voluntários, além da disponibilização de kits de limpeza, higiene pessoal e dormitórios.
O reconhecimento oficial é fundamental para agilizar o processo de liberação de verbas emergenciais e permitir que as prefeituras implementem medidas de mitigação dos impactos da seca sobre a população local.
Paraíba registra cenário crítico de estiagem
Atualmente, a Paraíba soma 102 reconhecimentos de situação de emergência por estiagem em vigor, reforçando a gravidade da crise hídrica que assola o estado. O número elevado demonstra a extensão territorial afetada pela seca e a necessidade urgente de intervenção governamental.
A crise hídrica tem provocado prejuízos significativos na agricultura familiar, pecuária e no abastecimento urbano de água, afetando diretamente a qualidade de vida da população rural e urbana dos municípios atingidos.
Defesa Civil mobiliza planos de resposta
A Defesa Civil dos municípios afetados devem elaborar os planos de resposta que serão enviados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, na tentativa de acelerar o repasse de recursos e minimizar os danos causados pela falta de chuvas.
Os planos de resposta são documentos técnicos que detalham as necessidades específicas de cada município, permitindo uma alocação mais eficiente dos recursos federais disponibilizados para o enfrentamento da emergência climática.
Impactos regionais exigem atenção continuada
O reconhecimento federal da situação de emergência representa um passo importante para o enfrentamento da crise, mas especialistas alertam que a solução definitiva depende do retorno das chuvas regulares na região. A estiagem prolongada tem características de fenômeno climático extremo, exigindo políticas públicas de longo prazo para adaptação e resiliência.
A situação evidencia a vulnerabilidade climática do semiárido nordestino e a importância de investimentos em infraestrutura hídrica e programas de convivência com a seca para reduzir os impactos de futuras estiagens sobre as comunidades locais.
Com informações de Patos Online, Diário Oficial da União