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Juiz se declara suspeito e abala caso Hytalo Santos na Paraíba

Juiz se declara suspeito e abala caso Hytalo Santos na Paraíba
Juiz se declara suspeito e abala caso Hytalo Santos na Paraíba

Uma reviravolta judicial marca o processo contra o influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro, na Paraíba. O juiz Bruno Isidro, responsável pela 1ª Vara Mista de Bayeux, declarou-se suspeito para julgar as acusações de tráfico de pessoas e favorecimento de prostituição, alegando questões de “foro íntimo” para sua decisão.

Duas frentes de investigação

As denúncias contra o casal se desdobram em duas frentes distintas na Justiça paraibana. Além das acusações de tráfico de pessoas e favorecimento de prostituição, eles também são réus em um processo separado por produção de conteúdo pornográfico envolvendo exploração de menores de idade.

A decisão de desmembramento do processo ocorreu em setembro, quando a 2ª Vara Mista de Bayeux determinou que os crimes relacionados à exploração sexual de adultos fossem analisados pela Vara Criminal do município, enquanto a Vara da Infância e Juventude manteria a competência para os crimes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A investigação sobre a produção de conteúdo pornográfico com menores está sob a alçada do juiz Antônio Rudimacy.

Modus operandi e prisões

As investigações do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontam para um “modus operandi estruturado e premeditado” por parte de Hytalo Santos e Israel Vicente. O casal é acusado de usar “artifícios de fraude, promessas de fama e vantagens materiais” para atrair vítimas em situação de vulnerabilidade, incluindo crianças e adolescentes.

Entre as práticas descritas, estão a realização de procedimentos estéticos e tatuagens de caráter sexualizado, além de um rígido controle sobre a rotina e comunicação dos adolescentes. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) requereu uma indenização por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões.

Hytalo Santos e Israel Vicente foram presos preventivamente em agosto, em Carapicuíba, São Paulo, e posteriormente transferidos para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o presídio do Roger, em João Pessoa, onde permanecem detidos.

Antes de se afastar do caso, o juiz Bruno Isidro havia marcado uma audiência de instrução para o dia 18 de dezembro, que contaria com a presença de advogados, representantes do MPPB e testemunhas. O status do casal no processo é de denunciado.

Da redação do Movimento PB.

[MPBAI | MOD: 2.5-FL | REF: 69378236]