Presidente Lula chama de “absurdo” o preço dos ovos e planeja reunião com empresários para garantir oferta no mercado interno.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, que o preço de R$ 40 por uma caixa com 30 ovos é um “absurdo” e anunciou que cobrará dos empresários medidas para evitar a escassez de produtos no mercado interno brasileiro. Durante entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro, ele abordou a alta nos preços de alimentos, como ovos e carne, e prometeu discutir com atacadistas formas de reduzí-los.
Lula atribuiu o aumento dos preços a fatores climáticos, como excesso de sol e chuva, mas enfatizou que os valores praticados no mercado interno não devem refletir os preços de exportação.
“Queremos que os empresários exportem, mas não pode faltar para o povo brasileiro. O fato de venderem em dólar lá fora não significa que o preço aqui dentro tenha que ser o mesmo”, destacou.
O presidente expressou otimismo sobre a possibilidade de reverter a situação. “O preço vai baixar, eu tenho certeza que a gente vai conseguir fazer com que o preço volte aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador”, afirmou. Ele também mencionou que a carne, que já começou a ter queda de preço, deve se tornar mais acessível em breve, permitindo que os brasileiros voltem a consumir itens como picanha e costela.
Na semana passada, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alertou sobre uma alta significativa no preço dos ovos, que chegou a 40% em várias regiões do país desde meados de janeiro, devido à combinação de alta demanda e oferta limitada.
Pressão nos Preços dos Alimentos
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a inflação em janeiro de 2025 foi de 0,16%, mas os alimentos continuaram a pressionar o índice, com alta de 0,96% no setor de alimentação e bebidas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê que o preço dos ovos seguirá em alta por mais dois meses, até o fim da Quaresma, em abril, devido a uma demanda sazonal típica desse período, quando ovos e proteínas brancas substituem as carnes vermelhas.
Os produtores apontam que o aumento reflete não apenas a sazonalidade, mas também os custos de produção, que subiram nos últimos oito meses. O preço do milho, usado na ração das galinhas, aumentou 30%, enquanto os insumos para embalagens tiveram alta superior a 100%, segundo a ABPA.
—
Imagem meramente ilustrativa imaginada pelo Grok 3 com prompt da redação.
Com informações de Carta Capital e Folha PE,