Lula sinaliza preferência por Jorge Messias para vaga no STF deixada por Luís Roberto Barroso
Lula indica preferência por Jorge Messias para vaga no STF após saída de Barroso e elogia perfil conciliador do ministro da AGU. Foto: EBC.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou nos últimos dias sua preferência pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para ocupar a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a saída antecipada de Luís Roberto Barroso.
Segundo interlocutores próximos, Lula afirmou que Messias está “maduro” para assumir uma cadeira na Corte e que sua eventual indicação não seria apenas uma aposta. O presidente também reconheceu que enfrentará pressões políticas de diferentes setores, mas sinalizou que não pretende ceder às demandas de outros grupos.
Messias acompanhou Lula em viagem a Salvador nesta quinta-feira (9) e teve uma conversa reservada com o chefe do Executivo. O teor do encontro não foi divulgado, mas a movimentação reforçou as especulações sobre a indicação.
Evangélico e considerado um homem de confiança de Lula, o advogado-geral da União tem bom trânsito no Congresso, no STF e entre figuras importantes do governo, como Jaques Wagner (PT-BA) e Fernando Haddad.
No ano passado, Messias esteve próximo de ser indicado ao Supremo, mas Lula acabou escolhendo Flávio Dino para a vaga deixada por Rosa Weber, destacando o perfil jurídico e político do então ministro da Justiça.
A escolha do novo nome para o STF ocorre em um momento de tensão na articulação política com o Congresso, em que o Supremo tem exercido papel essencial na estabilidade institucional do governo.
Conhecido por seu perfil conciliador, Messias costuma brincar dizendo ser “terrivelmente pacificador”, em alusão à expressão usada por Jair Bolsonaro ao indicar André Mendonça, em 2021.
Apesar da preferência de Lula, setores do PT defendem a indicação de uma mulher para a Corte. Desde a aposentadoria de Rosa Weber, apenas Cármen Lúcia representa o gênero feminino entre os 11 ministros do Supremo.
Outro nome cotado é o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas o presidente tem incentivado sua candidatura ao governo de Minas Gerais em 2026, visando fortalecer o palanque petista no segundo maior colégio eleitoral do país.
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