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Moraes livre da Magnitsky: EUA recuam, esquerda celebra e Bolsonaro chora

Moraes livre da Magnitsky: EUA recuam, esquerda celebra e Bolsonaro chora
Moraes livre da Magnitsky: EUA recuam, esquerda celebra e Bolsonaro chora

Em uma reviravolta diplomática que agitou o cenário político brasileiro nesta sexta-feira (12 de dezembro), o governo dos Estados Unidos anunciou a retirada dos nomes do ministro Alexandre de Moraes e de sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, das sanções impostas pela Lei Magnitsky. A decisão desencadeou uma onda de comemoração entre políticos e autoridades alinhadas ao governo Lula, enquanto provocou lamento na base bolsonarista.

Vitória para o campo progressista

A notícia foi recebida com entusiasmo por figuras da esquerda. A presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, utilizou suas redes sociais para classificar a revogação como uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma derrota contundente para a família de Jair Bolsonaro.

“A retirada das sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes é uma grande vitória do Brasil e do presidente Lula. Foi Lula quem colocou esta revogação na mesa de Donald Trump, num diálogo altivo e soberano. É uma grande derrota da família de Jair Bolsonaro, traidores que conspiraram contra o Brasil e contra a Justiça”, publicou Hoffmann.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), ecoou o sentimento, divulgando um vídeo em que celebrava a decisão. “O governo Trump acaba de tirar Alexandre de Moraes da Lei Magnitsky. Vitória da democracia, da soberania e da diplomacia do governo do presidente Lula. Grande dia”, afirmou.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) também se manifestou, declarando que já era tempo de corrigir essa “imposição imperialista” sobre um ministro brasileiro. Em tom provocativo, ela acrescentou que “Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo devem estar chorando em posição fetal neste momento”. A deputada federal Erika Hilton (PSOL) completou, lembrando que a manutenção da lei era uma das “únicas esperanças” aguardadas pela família Bolsonaro.

A reação bolsonarista

Do outro lado do espectro político, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que havia negociado as sanções ao Brasil com o governo norte-americano, e o jornalista Paulo Figueiredo, expressaram seu pesar pela decisão. Em comunicado divulgado em português e inglês, lamentaram a revogação.

“Recebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil”, declararam.

Entenda a Lei Magnitsky e o caso Moraes

A Lei Magnitsky, de 2012, permite aos Estados Unidos impor sanções financeiras e proibições de visto a indivíduos de qualquer parte do mundo considerados responsáveis por violações dos direitos humanos ou por atos de corrupção. As sanções contra Alexandre de Moraes foram impostas pelo governo de Donald Trump no final de julho, e em setembro, o nome de Viviane Barci de Moraes foi adicionado à lista. A revogação dessas sanções marca um capítulo importante nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA e na dinâmica política interna.

Da redação do Movimento PB.

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