Ministro do STF envia notícias-crime apresentadas pelo PT para análise da Procuradoria-Geral da República.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta sexta-feira (28) à Procuradoria-Geral da República (PGR) duas notícias-crime movidas pelo PT e pelos deputados Lindbergh Farias e Rogério Correa. As ações pedem a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro para impedir que o deputado deixe o Brasil, alegando que ele estaria envolvido em articulações com políticos americanos contra o STF. A PGR, comandada por Paulo Gonet, tem um prazo de cinco dias para se manifestar sobre o caso.
Acusações contra Eduardo Bolsonaro
As petições foram apresentadas no âmbito de um inquérito sigiloso do STF que investiga atos antidemocráticos. Eduardo Bolsonaro é acusado de obstrução de investigação de organização criminosa, coação no curso do processo e atentado à soberania. As denúncias afirmam que ele teria articulado, nos Estados Unidos, ações para constranger o STF, especialmente Alexandre de Moraes.
Além disso, a Câmara dos Deputados americana analisa um projeto de lei que visa impedir a entrada de “agentes estrangeiros” que tenham supostamente violado a liberdade de expressão de cidadãos americanos. A proposta teria o apoio de grupos alinhados ao ex-presidente Donald Trump.
Conflitos com figuras americanas
A relação entre Moraes e integrantes do governo Trump, como Elon Musk, tornou-se tensa após decisões do ministro sobre bloqueios e remoção de perfis nas redes sociais. A iniciativa de proibir a saída de Eduardo Bolsonaro do país reflete o aprofundamento das investigações sobre possíveis ameaças às instituições democráticas brasileiras.
A decisão da PGR será fundamental para determinar os próximos passos do caso, que envolve tanto a liberdade de locomoção do deputado quanto questões sensíveis de soberania e relações exteriores.
