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Na comemoração dos 95 anos do MEC, Lula afirma que educação é a revolução do governo, com apoio dos professores

Na comemoração dos 95 anos do MEC, Lula afirma que educação é a revolução do governo, com apoio dos professores

Em um domingo de celebração e movimento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença na Corrida e Caminhada MEC 95 Anos, evento que reuniu cerca de 6 mil participantes para homenagear os 95 anos do Ministério da Educação (MEC). Ao lado da primeira-dama Janja, de ministros como Camilo Santana (Educação) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula não apenas caminhou os 3 km do percurso, mas discursou com a energia de sempre, reforçando que a educação é a prioridade absoluta de seu governo e o caminho para a soberania nacional. “Essa é a caminhada da soberania educacional do Brasil”, proclamou, destacando o papel dos professores na “revolução” que está em curso.

Um evento coletivo e inclusivo

A largada aconteceu às 7h15, em frente ao edifício-sede do MEC, com percursos de 3 km (caminhada), 5 km e 10 km, passando por ícones como a Catedral Metropolitana e o Congresso Nacional. A iniciativa surgiu de uma pesquisa interna com servidores do ministério, que sugeriram uma comemoração esportiva para promover saúde, inclusão e orgulho pela instituição criada em 1930, durante o governo de Getúlio Vargas. Paratletas tiveram prioridade na largada, e o evento incluiu programação cultural e ações solidárias, reforçando o compromisso com a acessibilidade e a coletividade. 0

Lula, trajando camiseta vermelha e boné, chegou a dar uma “corridinha” no início, demonstrando vitalidade aos 80 anos. Ao seu lado, além de Janja, estavam Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Alexandre Padilha (Saúde), Renan Filho (Transportes) e até o presidente do Banco Central em exercício, Gabriel Galípolo. A participação de autoridades misturadas à comunidade – servidores, estagiários, atletas amadores e famílias – simbolizou a essência do MEC: uma pasta que constrói políticas públicas para todos os níveis de ensino, da creche à universidade.

Elogios aos ministros e visão de Estado

Durante o discurso ao final do percurso, Lula recebeu uma medalha em homenagem aos seus governos, mas devolveu o tributo aos educadores: “Essas medalhas não são para nós, são para todos os professores de todos os graus de ensino dessa República Federativa do Brasil”. Ele elogiou Haddad e Camilo Santana como “os dois melhores ministros de Educação que o Brasil já teve”, atribuindo a Haddad o mérito de liderar o maior programa de inclusão no ensino superior, com a expansão de universidades federais e o ProUni, que beneficiou milhões de jovens de baixa renda. 2

Para Camilo, o desafio é ainda maior: “Quando o Camilo foi convidado, a meta é deixar o Haddad em segundo lugar”, disse Lula, referindo-se ao Pé de Meia, programa que combate a evasão no ensino médio ao remunerar estudantes que permanecem na escola. “Depois, quando o Camilo chegar ao primeiro lugar, vai ter que ficar em terceiro, porque a educação sempre será prioridade do nosso governo”, completou, sob aplausos. Essa declaração não é retórica vazia: nos mandatos anteriores de Lula, o investimento em educação saltou de 3,5% para mais de 6% do PIB, com programas como o Fies e cotas raciais que democratizaram o acesso às universidades. 6

Da prisão à esperança: a trajetória de Lula na educação

O evento evocou memórias de resiliência. Em novembro de 2019, ao deixar a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após 580 dias de prisão política, Lula emergiu com 74 anos “do ponto de vista biológico”, mas “30 anos de energia e 20 anos de tesão”. Naquele momento, o Brasil saía ferido da gestão Bolsonaro, marcada por cortes na educação durante a pandemia. Hoje, de volta ao poder, Lula retorna a Brasília com fôlego renovado, inclusive após uma viagem a Nova York onde recebeu elogios de líderes mundiais, incluindo Donald Trump, sinalizando a normalização das relações bilaterais.

Sua visão de Estado, forjada sem diploma universitário – apenas o ensino fundamental no Senai –, contrasta com presidentes formados que investiram menos. Lula reconhece que “ninguém é obrigado a gostar” dele, mas insiste que ignorar seu legado educacional é “burrice ou ódio de classe”. De fato, seus governos criaram 18 novas universidades federais, 173 campi de institutos federais e elevaram o Ideb, índice de qualidade educacional, em vários estados. Na Paraíba, por exemplo, o impacto se sente na expansão de vagas no IFPB e na UEPB, beneficiando jovens do Nordeste que antes sonhavam com o ensino superior de longe.

Educação como soberania: um chamado à nação

No vídeo gravado durante a caminhada, Lula associou investimentos educacionais à independência nacional: “É da creche à universidade, da alfabetização a um curso de engenharia, que a gente vai tornar o Brasil soberano, para que nunca mais ninguém dê palpite sobre o Brasil. Viva a educação brasileira, viva o MEC!”. 2 Ele criticou indiretamente os “passeios de moto” do passado – alusão às motociatas bolsonaristas –, exaltando a “civilidade” da caminhada de educadores: “Não tem motociata, não tem pornochanchada, tem caminhada”. Gleisi Hoffmann e Janja reforçaram a mensagem, ligando educação à saúde e à inclusão social.

Para o Nordeste, região historicamente subfinanciada, esses avanços são vitais. Programas como o Pé de Meia podem reduzir a evasão em 20% nas escolas públicas paraibanas, onde a taxa chega a 15% no ensino médio, segundo dados do Inep. Com Haddad e Camilo à frente, o governo mira encurtar desigualdades: “Não tirando dos que têm, mas ajudando os que nada ou pouco têm a subir ao pódio”, como atletas da corrida. Essa “revolução” educacional, com ajuda dos professores, não é só política – é um pacto social para um Brasil mais justo e soberano.


“Nós temos consciência de que é por meio da educação, da creche à universidade, da alfabetização a um curso de engenharia, que a gente vai tornar o Brasil soberano, para que nunca mais alguém dê palpite sobre o Brasil. Viva a educação brasileira, viva o MEC.” – Presidente Luiz Inácio Lula da Silva


Da redação com informações de Ministério da Educação [GRK-XAI-28092025-2320-V1G]


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