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Nilvan Ferreira é demitido da TV Arapuan; emissora nega que saída tenha ligação com relatório da PF

Desligamento do comunicador, segundo fontes internas, foi motivado por baixo retorno financeiro e de audiência; coincidência com citação de seu nome em listas de Bolsonaro gerou especulação política.

O comunicador e ex-candidato a cargos majoritários, Nilvan Ferreira (Republicanos), foi desligado do Sistema Arapuan de Comunicação neste domingo (31). A saída de uma das vozes mais conhecidas do bolsonarismo na Paraíba de um dos maiores grupos de mídia do estado gerou intensa especulação, principalmente por coincidir com a divulgação de que seu nome aparece em um relatório da Polícia Federal sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, segundo apuração do portal Política da Paraíba junto a fontes ligadas à direção da emissora, a demissão não teve motivação política. A decisão, que já vinha sendo discutida internamente há algumas semanas, foi de ordem estritamente administrativa e empresarial, baseada em resultados de audiência e faturamento do programa comandado por Nilvan.

Baixa audiência e retorno financeiro motivaram decisão

De acordo com as informações apuradas, a diretoria do Sistema Arapuan estava insatisfeita com o desempenho comercial do programa de Nilvan Ferreira. Os motivos centrais para o desligamento foram o baixo retorno financeiro e a má posição nos índices do Ibope. Além disso, foi apontado um suposto “pouco envolvimento do comunicador nas atividades internas do grupo”, o que teria contribuído para o desgaste.

A decisão, portanto, já estava amadurecendo nos bastidores da empresa e apenas foi oficializada neste fim de semana, com a expectativa de que a grade de programação da TV Arapuan passe por uma reformulação nas próximas semanas para buscar melhores resultados.

A coincidência com o relatório da Polícia Federal e a onda de boatos

O que incendiou o debate político foi a coincidência da demissão com a notícia de que o nome de Nilvan Ferreira foi citado em um relatório da Polícia Federal. O documento detalha que o ex-presidente Jair Bolsonaro mantinha listas de transmissão em seu celular para se comunicar com aliados, e o nome do comunicador paraibano aparecia em uma dessas listas, ao lado de outros políticos do estado.

Apesar da citação, as fontes da Arapuan foram enfáticas ao afirmar que os dois fatos não possuem qualquer relação. A decisão empresarial de encerrar o contrato com Nilvan já estava tomada antes mesmo da divulgação do relatório, descartando a hipótese de que a menção pela PF tenha sido o estopim para a sua saída.

Ainda assim, o desligamento de um comunicador com forte posicionamento político de um canal de grande alcance é um fato relevante no cenário paraibano. A saída de Nilvan da TV Arapuan certamente terá repercussões no debate público e na forma como as diferentes correntes políticas se comunicam com a população, especialmente com a proximidade de futuros pleitos eleitorais.

Da redação com informações do Grupo Arapuan de Comunicação

Redação do Movimento PB [GMN-GOO-31082025-181055-B3A9F1-15P]