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Paraíba tem mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada

Pesquisa divulgada nesta semana pelo Portal UOL revela que, em maio, a Paraíba tinha 667.654 beneficiários do Bolsa Família, enquanto apenas 515.634 trabalhadores estavam formalmente empregados com carteira assinada  . Isso significa que aproximadamente 152 mil pessoas dependem do auxílio social mais do que participam do mercado formal de trabalho.

Doze unidades da federação apresentaram cenário semelhante, incluindo todos os estados do Nordeste — como Bahia, Sergipe, Pernambuco, Ceará e Piauí — além de Acre, Pará e Amazonas  .

Por que isso é relevante?

Indicador de vulnerabilidade: mais beneficiários do Bolsa Família do que empregos formais sinalizam dificuldades econômicas persistentes e falta de oportunidades.

Impacto no mercado de trabalho: apesar de sinais de retomada na formalização, o ritmo ainda não é suficiente para reduzir a dependência de políticas assistenciais  .

Desigualdade regional: a concentração dessa realidade no Norte e Nordeste expõe disparidades estruturais entre as regiões brasileiras.

Contexto mais amplo

Desde o início de 2023, observa-se uma tendência de crescimento tanto no emprego formal quanto no número de beneficiários — motivada por uma revisão cadastral e critérios mais rigorosos nos programas sociais  . Mesmo com esses ajustes, a Paraíba ainda mostra desequilíbrio: 12 estados seguem com mais pessoas recebendo o Bolsa Família do que trabalhando formalmente  .

O que isso significa para a Paraíba

Pressão por políticas públicas: há necessidade de ampliar vagas com carteira assinada, especialmente em setores como agronegócio, serviços e energia.

Integração de programas sociais com o trabalho: fortalecer iniciativas que conectem o Bolsa Família à qualificação profissional e geração de renda.

Planejamento local: gestores municipais podem usar esses dados para priorizar ações regionais de emprego, incentivo ao empreendedorismo e atração de investimentos.