PT pede prisão preventiva de Bolsonaro e alerta para risco de motim na Câmara
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), protocolou no Supremo Tribunal Federal um pedido de prisão preventiva contra Jair Bolsonaro. O argumento central alega descumprimento de medidas cautelares e risco real de fuga do ex-presidente para embaixadas estrangeiras em Brasília.
Risco de asilo político
Lindbergh Farias citou o recente pedido de asilo político na Argentina e os dois dias que Bolsonaro passou na embaixada da Hungria como indícios concretos de perigo de fuga. “Da casa dele para a embaixada dos Estados Unidos são dez minutos”, argumentou o parlamentar, destacando a proximidade geográfica como fator de risco adicional.
Contexto do inquérito
O pedido surge após a Polícia Federal concluir inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O documento entregue ao STF indica que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas pela Corte em 18 de julho. O ministro Alexandre de Moraes exigiu explicações dos advogados de defesa até as 20h34 desta sexta-feira.
Alerta sobre motim
O líder petista também alertou para o risco de obstrução física do plenário por parte da oposição durante o julgamento do inquérito do golpe, marcado para começar em 2 de setembro. Farias cobrou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), aja preventivamente para evitar que a situação se escalone.
Tensão institucional
O ambiente político permanece tenso com a aproximação do julgamento no STF, onde Bolsonaro é o principal réu da investigação sobre tentativa golpista. A possibilidade de conversão da prisão domiciliar em preventiva acrescenta complexidade ao cenário, com potencial para gerar reações tanto no Congresso quanto nas ruas.
Para quem não acompanha o contexto jurídico-político, é importante entender: medidas cautelares são restrições determinadas pela Justiça durante investigações; prisão preventiva pode ser decretada quando há risco de fuga ou obstrução da Justiça; já o inquérito do golpe investiga suposta tentativa de impedir a posse do presidente Lula em 2022.
Este desenvolvimento representa um ponto de inflexão na crise política brasileira. O pedido formal de prisão preventiva contra um ex-presidente, somado aos alertas sobre possível motim legislativo, revela o grau de polarização e instabilidade institucional que persiste no país. O próximo movimento do STF, sob relatoria de Alexandre de Moraes, poderá definir não apenas o futuro jurídico de Bolsonaro, mas o equilíbrio político das instituições brasileiras nos próximos meses.
Redação do Movimento PB com informações de Lara Alves
Redação do Movimento PB [DSR-DEE-18082025-3M4N5O-R1]
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