Sentindo a pressão, Veneziano ataca e rotula Nabor de pré-candidato “sem conceito”; articulação de Hugo Motta assusta
Avanço silencioso do prefeito de Patos, que já conta com o apoio de mais de 130 prefeitos, acende o sinal de alerta na pré-campanha de reeleição do senador, que vê o rival crescendo no retrovisor e apela para a desqualificação.
O tabuleiro da sucessão para o Senado na Paraíba começou a se mover de forma acelerada, e o som dos passos nos bastidores já provoca reações ruidosas na linha de frente. Em uma série de entrevistas recentes, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), até então um pré-candidato à reeleição que navegava em águas aparentemente calmas, ligou o sinal de alerta. O motivo tem nome e sobrenome: Nabor Wanderley. O avanço silencioso, porém avassalador, da pré-candidatura do prefeito de Patos (Republicanos) forçou Veneziano a sair da defensiva e partir para o ataque, rotulando o adversário de pré-candidato “sem conceito” e que “caiu de paraquedas” na disputa.
A ofensiva verbal de Veneziano não é um ato isolado de retórica política, mas a confissão pública de uma preocupação que cresce a cada dia no seu grupo. Enquanto o senador se queixa da falta de um segundo nome para compor a chapa majoritária de Cícero Lucena, a pré-candidatura de Nabor avança com uma articulação cirúrgica e discreta, comandada por seu filho, o influente presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos). Longe dos holofotes, Motta tem construído uma base de apoio sólida para o pai, que já soma a adesão de mais de 130 prefeitos em todo o estado, um capital político monumental que, por estratégia, ainda não foi totalmente revelado.
Ao desqualificar a pré-candidatura de Nabor como algo “sem conceito”, Veneziano tenta criar uma narrativa de que seu adversário não possui a densidade ou a trajetória necessárias para a disputa. No entanto, a realidade dos bastidores mostra o contrário. A articulação de Hugo Motta não é um “paraquedas”, mas um projeto de poder meticulosamente construído, que une a força do sertão com a capilaridade de um dos políticos paraibanos mais poderosos da atualidade em Brasília. O silêncio do grupo de Nabor não é sinônimo de inércia, mas de estratégia, acumulando forças para se apresentar ao eleitorado no momento certo, com um arco de alianças já consolidado.
A inquietação de Veneziano se torna ainda mais evidente quando ele admite publicamente que já “sente o prejuízo” por não ter um companheiro de chapa definido ao lado de João Azevêdo. A declaração é a admissão de que, na corrida pelo Senado, a solidão política é um passivo perigoso. Com o governador liderando com folga a preferência do eleitorado, a segunda vaga para o Senado se torna o principal foco de disputa. Veneziano, ao olhar para o lado e não ver um parceiro definido, e ao mesmo tempo ver Nabor crescendo em seu retrovisor, sente a pressão de uma campanha que se desenha muito mais difícil do que ele talvez imaginasse.
A reação de Veneziano, portanto, é o sintoma mais claro de que a pré-campanha de Nabor Wanderley deixou de ser uma possibilidade para se tornar uma ameaça concreta e iminente. Ao apelar para o ataque e a desqualificação, o senador revela que a tática do avanço silencioso de seus adversários atingiu o alvo. A batalha pelo Senado de 2026 já começou, e ela opõe a ansiedade pública de um incumbente que se sente ameaçado à paciência estratégica de um grupo que, em silêncio, pode estar prestes a virar o jogo.
Redação do Movimento PB
Redação do Movimento PB [NMG-OGO-15102025-C1A8B9-13P]