Vereadores de João Pessoa podem ser obrigados a bater ponto na CMJP
Guga Moov Jampa propõe PL para obrigar vereadores a baterem ponto na CMJP, após polêmica com projetos rejeitados e ofensas de colegas.
O vereador Guga Moov Jampa (PSD) anunciou, em 10 de junho de 2025, a apresentação de um Projeto de Lei (PL) que obriga todos os vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) a registrarem ponto para comprovar assiduidade, equiparando-os a funcionários públicos. A proposta surge após desabafo nas redes sociais, motivado pela rejeição de projetos seus e ofensas de colegas, que o chamaram de “jerico” por insistir em pautas populares.
Contexto da polêmica
Guga relatou que suas propostas, focadas em comunidades carentes, enfrentam resistência na CMJP, gerando críticas e ataques pessoais. Em vídeo publicado na terça-feira (10), ele reafirmou seu compromisso com a população humilde, declarando: “Sou vereador do povo, falo a língua do povo e continuo do lado dos humildes. Não vou parar, mesmo me chamando de jerico.” A promessa do PL sobre ponto eletrônico reflete sua resposta aos obstáculos, cobrando transparência dos parlamentares.
Detalhes do projeto
O PL visa instituir um sistema de controle de presença na CMJP, exigindo que vereadores registrem entrada e saída, similar ao praticado em órgãos públicos. Guga argumenta que a medida garante accountability e reforça o compromisso com os eleitores. A proposta ecoa críticas anteriores do vereador, que questionou a assiduidade de colegas, como em artigo de Maurílio Júnior que ironizou se Guga “aguentaria o próprio remédio” com tal rigor.
Reação e desafios
A iniciativa de Guga já enfrenta resistência, a julgar por reações a projetos anteriores, como o PL 15/2025, que propunha ponto eletrônico para médicos e foi rejeitado em 5 de junho, após críticas do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) e do secretário de Saúde, Luís Ferreira, que chamou a ideia de “assédio”. Parlamentares como Fábio Carneiro pediram ponderação, enquanto o CRM-PB ameaçou medidas legais contra propostas similares.
Impacto político
Guga, recém-eleito, busca se destacar com pautas populares, mas sua abordagem direta tem gerado atritos. A proposta do ponto eletrônico pode intensificar tensões na CMJP, especialmente com vereadores experientes. O presidente Dinho Dowsley (Avante), que já protagonizou discussões com outros parlamentares, como Carlão (PL), pode enfrentar pressão para posicionar-se sobre o PL. A ferramenta “Fala Povo”, que facilita contato com vereadores, pode amplificar o debate público.
Perspectivas futuras
Guga prometeu não recuar, mesmo diante de derrotas, e buscar apoio externo, como já fez ao citar o Ministério Público Federal para projetos rejeitados. A aprovação do PL dependerá de articulação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que recentemente acatou outras propostas suas, como o PLO 115/2025 sobre multas por descarte irregular de lixo. O sucesso da iniciativa pode fortalecer sua base entre eleitores carentes, mas exige superar resistências internas e críticas de que suas ideias são “midiáticas”.
Com informações de Polêmica Paraíba, Maurílio Júnior e Blog do Dércio.