Covid-19: O Inimigo Invisível que Ainda Mata e Divide o Brasil

Com 6 mil mortes em 2025 e fake news em alta, doença persiste enquanto vacinação estagna e SUS alerta: “Não podemos baixar a guarda”


Dados Atuais: Uma Pandemia que Não Acabou

Cinco anos após o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, a doença ainda mata 6 mil pessoas por ano e registra 862,7 mil casos anuais, segundo o Ministério da Saúde. Apesar dos avanços, apenas 20% da população elegível completou o esquema de doses de reforço, deixando milhões vulneráveis a complicações graves. Enquanto isso, fake news sobre vacinas — sem qualquer base científica — continuam a circular em redes sociais, alimentando hesitação e risco coletivo.


Fake News vs. Ciência: A Batalha que Persiste

Desinformações como “vacinas causam autismo” ou “Covid é uma gripezinha” ressurgem em grupos de WhatsApp, mesmo após 700 mil mortes brasileiras e 7 milhões de óbitos globais desde 2020. “Negacionismo e antivacina não são opinião: são armas letais”, alerta um epidemiologista do Instituto Butantan, lembrando o pico da pandemia em abril de 2021, quando o país perdeu 4,2 mil vidas em um único dia.


SUS: Herói Anônimo e Lições Não Aprendidas

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi crucial no combate à crise:

  • Hospitais de campanha e ampliação de leitos de UTI salvaram milhares.
  • Centro de Contingência de SP, com cientistas e comunicadores, coordenou respostas ágeis.
  • Instituto Butantan liderou testagem em massa e importou insumos para a CoronaVac, primeira vacina disponível no país.
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Apesar disso, a desvalorização do sistema persiste. “O SUS mostrou sua força, mas precisa de investimento contínuo”, defende uma enfermeira intensivista.


Comunicação: A Arma que Virou Escudo

Durante a pandemia, coletivas de imprensa diárias e parcerias com agências de fact-checking combateram a desinformação. “Foram mais de 200 coletivas apenas em São Paulo. A imprensa tradicional virou refúgio contra o caos das redes”, explica Vanderlei França, ex-coordenador de Comunicação do Centro de Contingência. O resultado? Alta adesão a máscaras, isolamento e vacinas.


O Legado e o Alerta

A Covid-19 deixou marcas: famílias despedaçadas, saúde mental abalada e profissionais exaustos. Mas também ensinou lições:

  • Vacinas salvam: Quem se imunizou tem risco 9x menor de morte.
  • Informação é vida: Dados do Datafolha mostram que 68% dos brasileiros confiam mais em veículos tradicionais que em redes sociais.

“O vírus não acabou. Quem ignora isso brinca com fogo”, resume Ricardo Liguori, ex-assessor do Butantan. A mensagem é clara: Atualize sua vacina e duvide das fake news.



Fontes: Ministério da Saúde, Instituto Butantan, Centro de Contingência de SP.

“A Covid não pede passaporte, mas a ignorância abre a porta.” — Adaptado de alerta da OMS.

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