Saúde

Dentista com Registro Cassado é Indiciado por Charlatanismo em São Paulo

Indiciamento em São Paulo

Em 26 de abril de 2025, a Polícia Civil de São Paulo indiciou Marco Antônio Botelho Soares, ex-dentista com registro profissional cassado em 2019, pelos crimes de charlatanismo, exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. A investigação, iniciada após denúncia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) em fevereiro de 2024, revelou que Botelho continuava oferecendo cursos de “modulação hormonal nano” e tratamentos sem validação científica. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça para análise.

Detalhes da Investigação

A 1ª Delegacia de Infrações contra a Saúde Pública constatou que Botelho promovia cursos presenciais em hotéis de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Brasília, cobrando entre R$ 800 e R$ 850. Ele se apresentava como “doutorando em ginecologia pela Unifesp”, informação desmentida pela universidade. Além disso, indicava tratamentos hormonais e usava redes sociais para divulgar eventos. O CROSP confirmou que ele não possui inscrição ativa em nenhum conselho, e a Anvisa informou que seus protocolos carecem de validação.

Histórico de Problemas

Botelho já havia sido preso em 2019, em Porto Alegre, e em 2024, em Pernambuco, por práticas semelhantes. O CROSP tentou barrar seus cursos com uma liminar, sem sucesso. Ele também foi associado a Lana Almeida, médica proibida de atuar desde outubro de 2024 por divulgar informações falsas sobre câncer de mama. A polícia solicitou a exclusão de seus perfis nas redes sociais, onde continuava ativo.

Resposta das Partes

O advogado de Botelho foi contatado pela polícia, mas não se pronunciou até a publicação da matéria. O CROSP reforçou que o indiciado não tem autorização para exercer odontologia e que monitora suas atividades desde 2019. A denúncia inicial partiu do conselho, que identificou eventos organizados pelo ex-dentista em várias cidades.

Próximos Passos

Caso o Ministério Público acolha a denúncia, Botelho poderá responder na Justiça pelos três crimes. Charlatanismo e exercício ilegal da medicina podem levar a penas de detenção, enquanto falsidade ideológica envolve a falsificação de documentos ou informações. O caso destaca a importância de verificar a credibilidade de profissionais de saúde e reforça a necessidade de fiscalização rigorosa contra práticas ilegais.

Fontes: G1, CROSP, Polícia Civil de São Paulo, posts no X.

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