Diagnóstico de Bolsonaro acende alerta: Você sabe identificar os sinais do câncer de pele?
A confirmação de duas lesões cancerígenas no ex-presidente joga luz sobre a doença que representa um terço de todos os tumores diagnosticados no Brasil. Saiba quando se preocupar com pintas e manchas na pele.
A saúde de figuras públicas frequentemente serve como um espelho para questões de saúde que afetam toda a população. Nesta quarta-feira (17), a equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou o diagnóstico de duas lesões compatíveis com câncer de pele. O laudo, divulgado após a remoção de oito lesões no último domingo, apontou a presença de “carcinoma de células escamosas ‘in situ'” em duas delas, trazendo à tona um debate crucial sobre a doença mais comum no país.
O caso de Bolsonaro não é isolado. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele responde por impressionantes 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. Anualmente, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra cerca de 185 mil novos casos. A doença é caracterizada pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele e, embora tenha alta incidência, as chances de cura são altíssimas quando o diagnóstico é feito precocemente.
Para quem não é da área, podemos simplificar alguns termos…
O nome “carcinoma de células escamosas ‘in situ'”, como o diagnosticado em Bolsonaro, pode assustar, mas a expressão “in situ” é uma boa notícia: significa que o tumor é muito inicial e está restrito à camada mais superficial da pele, sem invadir tecidos mais profundos. De forma geral, existem três tipos principais de câncer de pele. O Carcinoma Basocelular (CBC) é o mais comum e menos agressivo. O Carcinoma Escamoso (CEC), como o do ex-presidente, é o segundo mais frequente e também tem altas taxas de cura. Já o Melanoma é o tipo mais perigoso e com maior risco de se espalhar (metástase), embora seja o menos comum.
Sintomas: quando uma pinta vira um sinal de alerta?
O grande desafio no diagnóstico do câncer de pele é que seus sintomas podem ser facilmente confundidos com lesões benignas, como pintas e manchas comuns. Por isso, a autoavaliação e a visita regular a um dermatologista são fundamentais. Fique atento aos principais sinais de alerta divulgados pelo Ministério da Saúde e pela SBD:
- Manchas na pele que apresentam coceira, descamação ou sangramento persistente.
- Sinais ou pintas que mudam de tamanho, formato ou cor ao longo do tempo.
- Feridas que não cicatrizam completamente no período de quatro semanas.
É importante notar que, em casos de melanoma que já se espalharam para outras partes do corpo (metástase), outros sintomas podem aparecer, como inchaço de gânglios, falta de ar ou dores de cabeça. A detecção na fase inicial, no entanto, é a chave para um tratamento simples e eficaz.
Tratamento e a importância do diagnóstico precoce
O tratamento varia conforme o tipo e o estágio do câncer. Na grande maioria dos casos, como o de Bolsonaro, uma pequena cirurgia para a remoção completa da lesão é suficiente, muitas vezes realizada no próprio consultório médico. Para tumores iniciais, a cirurgia curativa é o tratamento padrão e definitivo. Em estágios mais avançados, podem ser necessários procedimentos complementares como radioterapia e quimioterapia.
O diagnóstico de uma figura pública, independentemente de qualquer viés político, serve como um poderoso lembrete de saúde coletiva. Em um país ensolarado como o Brasil, e especialmente no Nordeste, a exposição ao sol sem proteção adequada é um fator de risco constante. O caso reforça que ninguém está imune e que a prevenção, através do uso de protetor solar, e a atenção ao próprio corpo não são escolhas, mas sim uma necessidade para uma vida longa e saudável.
Redação do Movimento PB [NMG-GGO-17092025-D2B9F3-13P]
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