Saúde

OMS monitora nova variante da Covid, NB.1.8.1, que se espalha na América e Europa

Variante NB.1.8.1, apelidada de “Nimbus”, cresce na América e Europa. OMS avalia risco baixo, mas alerta para maior transmissibilidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora a variante NB.1.8.1, conhecida como “Nimbus”, que está impulsionando um aumento de casos de Covid-19 na Europa, Américas e Pacífico Ocidental desde sua identificação em janeiro de 2025. Descendente da linhagem Ômicron, a variante apresenta mutações que podem aumentar sua transmissibilidade e reduzir a eficácia de certos anticorpos neutralizantes, segundo a OMS.

Como funciona a variante Nimbus?

A NB.1.8.1 possui mutações na proteína spike, que o vírus usa para invadir células humanas. Essas alterações, como T22N, F59S e V445H, podem facilitar a infecção e permitir que o vírus escape parcialmente de anticorpos gerados por infecções ou vacinas anteriores. Apesar disso, a OMS classifica o risco adicional à saúde pública como baixo, sem evidências de maior gravidade ou aumento de hospitalizações e mortes.

Para entender de forma simples

Pense na proteína spike como uma chave que o vírus usa para entrar nas células. As mutações da Nimbus tornam essa chave mais eficaz, facilitando a transmissão. É como se o vírus ficasse mais “escorregadio” contra algumas defesas do corpo, mas vacinas atuais ainda protegem contra casos graves.

Sintomas e impacto

Os sintomas da NB.1.8.1 são semelhantes aos de outras variantes da Covid: dor de garganta, tosse, febre, fadiga, dores musculares, perda de olfato ou paladar, dificuldade respiratória, náusea, vômito e diarreia. Embora mais transmissível que a variante dominante LP.8.1, não há indícios de que cause doenças mais graves. Casos aumentaram em países como Índia, Hong Kong e Singapura, mas sem impacto significativo em hospitalizações.

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Eficácia de vacinas e tratamentos

A OMS afirma que a Nimbus não é mais resistente a antivirais como o nirmatrelvir, e as vacinas atuais seguem eficazes contra formas graves da doença. Estudos em ratos mostram que vacinas de mRNA, como as da Moderna e Pfizer, mantêm proteção contra a NB.1.8.1, similar à oferecida contra a LP.8.1. No entanto, grupos vulneráveis — idosos, imunocomprometidos e pessoas com condições crônicas — devem manter os reforços vacinais em dia.

Perspectivas e recomendações

A NB.1.8.1, detectada em 22 países e responsável por 10,7% das sequências globais até maio, pode contribuir para uma onda de casos no verão de 2025, especialmente em regiões com baixa adesão à vacinação. Especialistas recomendam máscaras N95 em locais fechados, ventilação adequada e isolamento em caso de sintomas. A OMS reforça a importância de vigilância global e acesso equitativo às vacinas para conter a propagação.

Com informações de WIRED, OMS e NBC News.

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