Positividade para Covid-19 e Vírus Respiratórios Aumenta às Vésperas do Carnaval


Dados do Instituto Todos pela Saúde apontam crescimento de casos de Covid-19, Influenza A e VSR. Especialistas alertam para cuidados durante aglomerações e reforçam importância da vacinação.


Aumento de Casos de Covid-19 e Outros Vírus

Um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), divulgado nesta semana, revelou um aumento significativo na positividade de testes para Covid-19 às vésperas do Carnaval. O índice subiu de 17,1% para 24,1% entre 25 de janeiro e 15 de fevereiro, o maior registrado em 2025. O Distrito Federal lidera o ranking (30%), seguido pelo Paraná (27%) e São Paulo (24%). A faixa etária mais atingida é a de 50 a 59 anos (30%).

O crescimento também afeta outros vírus respiratórios:

  • Influenza A (gripe): positividade saltou de 6% para 10%.
  • Vírus Sincicial Respiratório (VSR): taxa subiu de menos de 3% para quase 8%, preocupando especialmente por seu impacto em crianças.

Nova Variante e Mudança na Sazonalidade

Segundo Anderson Brito, virologista do ITpS, o aumento está ligado à circulação da variante LP.8.1 da Covid-19, classificada pela OMS como “digna de monitoramento”, mas com risco global considerado baixo. “As vacinas continuam eficazes, mas a variante tem maior capacidade de transmissão”, explica.

A mudança no padrão sazonal de vírus como Influenza e VSR também chama atenção. “O isolamento durante a pandemia desregulou seus ciclos. Agora, surtos ocorrem em épocas atípicas, como verão e primavera”, afirma Brito.

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Riscos do Carnaval e Recomendações

Com aglomerações previstas durante o Carnaval, especialistas alertam para a possibilidade de maior disseminação. Igor Thiago Queiroz, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), pondera: “O risco existe, mas a vacinação reduziu drasticamente casos graves. Cerca de 80% das infecções são leves”.

Recomendações principais:

  1. Grupos de risco (idosos, gestantes, imunossuprimidos) devem atualizar a vacinação.
  2. Sintomáticos devem evitar festas, usar máscara e higienizar as mãos.
  3. Não compartilhar objetos de uso pessoal (copos, maquiagens).

Contexto e Dados do Estudo

O levantamento analisou dados de laboratórios como Dasa, Fleury, Hermes Pardini e Einstein, abrangendo diagnósticos moleculares em todo o país. Apesar do cenário, Brito ressalta: “Não há motivo para pânico, mas para responsabilidade. A mensagem é clara: proteja-se e proteja os mais vulneráveis”.

Conclusão:
Enquanto o Carnaval promete animação, a vigilância em saúde segue essencial. A combinação de prevenção, testagem e atualização vacinal é a chave para minimizar impactos na saúde pública.

Texto adaptado de dados do ITpS e revisado pela nossa redação.

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