Quanto de Proteína Eu Preciso? Desmistificando a Dieta da Proteína no Brasil
Visão Geral do Tema
O consumo de proteína sempre foi associado à construção muscular, mas nos últimos anos essa relação ganhou um novo significado no mercado e na saúde pública. De suplementos a produtos industrializados “ricos em proteína”, a presença desse nutriente tem se tornado uma tendência entre os brasileiros. Entender a real necessidade proteica do corpo humano é essencial para evitar excessos e garantir saúde a longo prazo.
Por Que o Assunto Está em Alta
O aumento da popularidade de medicamentos para emagrecimento como o Ozempic e suas versões genéricas colocou a proteína em destaque. Esses medicamentos reduzem o apetite, fazendo com que o consumo de alimentos proteicos se torne fundamental para preservar a massa muscular. Além disso, uma onda de influenciadores e especialistas tem promovido a proteína como um componente-chave para a longevidade, saúde óssea e melhora da imunidade, o que gerou um boom de produtos industrializados com alto teor proteico no mercado nacional.
Evidências Científicas e Recomendações
Segundo a recomendação oficial da Organização Mundial da Saúde e dos principais órgãos de saúde do Brasil, a ingestão diária ideal para adultos é de 0,8 gramas de proteína por quilo de peso corporal. Idosos, gestantes, lactantes e atletas têm necessidades aumentadas, chegando a 1,2 gramas ou mais por quilo. Estudos recentes apontam que o consumo adequado de proteína ajuda na manutenção dos músculos e dos ossos, especialmente após os 50 anos, quando a massa muscular tende a diminuir naturalmente.
Benefícios e Potenciais Riscos
O consumo equilibrado de proteína contribui para a reparação dos tecidos, controle do apetite e manutenção da imunidade. Contudo, o excesso de proteínas, especialmente de origem animal como carnes vermelhas e embutidos, está associado a riscos de doenças cardiovasculares, problemas renais e inflamações crônicas. Além disso, muitos produtos ultraprocessados com “proteína adicionada” trazem altos níveis de sódio e conservantes, o que pode ser prejudicial à saúde.
Orientações Práticas
É recomendável priorizar fontes naturais de proteína, como peixes, ovos, aves, leguminosas (feijão, lentilha), tofu e oleaginosas. A distribuição da ingestão proteica ao longo do dia, especialmente no café da manhã e após exercícios físicos, potencializa a síntese muscular. Além disso, manter a hidratação adequada é fundamental para o metabolismo proteico eficiente.
Contexto e Tendências de Mercado
A indústria alimentícia brasileira tem ampliado a oferta de produtos “proteicos” ultraprocessados para atender à demanda crescente. No entanto, esses alimentos muitas vezes não substituem as proteínas naturais e podem promover uma falsa sensação de saúde. É importante que o consumidor esteja atento às embalagens e evite cair na armadilha do marketing, priorizando uma alimentação balanceada e baseada em alimentos frescos e minimamente processados.
O discurso que associa a proteína diretamente à longevidade e energia está correto, mas deve ser contextualizado: a maioria das pessoas já consome proteínas suficientes na dieta cotidiana. O exagero ou a substituição de refeições por produtos industrializados pode gerar desequilíbrios nutricionais e problemas de saúde no longo prazo.
O desafio para o brasileiro contemporâneo, e especialmente para a população da Paraíba, é adequar o consumo proteico sem excessos, respeitando as condições socioeconômicas e culturais locais, para promover saúde e qualidade de vida de forma sustentável.
Da redação com informações de Redação do Movimento PB [PTG-OAI-06082025-1530-4OT]
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