Embolização prostática oferece alívio dos sintomas urinários com recuperação rápida e menos riscos que cirurgias tradicionais
Procedimento realizado por radiologistas intervencionistas bloqueia artérias da próstata via cateter, reduzindo o órgão sem cortes. Método tem alta eficácia e menor risco de efeitos colaterais como incontinência.
O dilema do crescimento benigno da próstata
Após os 50 anos, cerca de 50% dos homens desenvolvem Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), condição que causa:
- Jato urinário fraco
- Vontade frequente de urinar (inclusive à noite)
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
Por décadas, o tratamento padrão foi a ressecção transuretral (RTU), cirurgia que requer anestesia geral e traz riscos de incontinência e disfunção erétil.
Como funciona a embolização prostática
Esta alternativa, que ganha espaço no Brasil e no mundo, consiste em:
- Acesso por pequena punção na artéria femoral (virilha)
- Navegação de microcateter até as artérias prostáticas
- Liberação de partículas para reduzir fluxo sanguíneo no órgão
- Diminuição progressiva do volume prostático
“O procedimento dura cerca de 1h30, com alta em 24 horas e retorno às atividades em 3-5 dias”, explica o Dr. Felipe Roth Vargas, radiologista intervencionista.
Vantagens em relação à cirurgia tradicional
Critério | Embolização | RTU Cirúrgica |
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Internação | 1 dia | 2-3 dias |
Anestesia | Local/sedação | Geral/raquidiana |
Risco de efeitos colaterais | <5% | 15-20% |
Recuperação | 3-5 dias | 4-6 semanas |
Estudos internacionais mostram que 82% dos pacientes mantêm melhora dos sintomas após 5 anos. No Brasil, hospitais como o Sírio-Libanês já adotam a técnica.
Para quem é indicada?
A embolização é recomendada especialmente para:
- Pacientes idosos ou com comorbidades
- Casos de próstatas muito grandes
- Homens que desejam evitar riscos cirúrgicos
“A decisão deve ser individualizada, com avaliação conjunta de urologista e radiologista intervencionista”, reforça o Dr. Vargas.
Com menos dor e rápida recuperação, o método representa uma nova era no tratamento da HPB, devolvendo qualidade de vida sem os traumas das abordagens convencionais.
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Texto adaptado de CNN Brasil, revisado pela nossa redação.