Saúde

TDAH podem ser confundidos com outros problemas; confira 4 erros comuns no diagnóstico

Psicóloga conta que existem alguns sinais que podem ser confundidos com TDAH e explica a importância de um diagnóstico correto.

TDAH podem ser confundidos com outros problemas; confira 4 erros comuns no diagnóstico

Você já se pegou pensando que pode ter TDAH

Você já se pegou pensando que pode ter TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)? É bem comum que essa dúvida passe pela cabeça, mas, na verdade, é possível que muitas pessoas confundam os sintomas desse transtorno com uma simples distração ou agitação do dia a dia.

É aí que surge a seguinte dúvida: como perceber os verdadeiros sinais do TDAH? O MinhaVida entrevistou a psicóloga Larissa Fonseca, que revelou 4 erros comuns de quem acha que tem esse déficit de atenção, mas na verdade não tem.

4 erros de quem acha que tem TDAH, mas não tem

Quem nunca pesquisou algum sintoma relacionado a saúde no Google? Embora a ferramenta de pesquisa seja eficiente para muitos assuntos, ela não consegue fazer o diagnóstico de doenças ou transtornos psicológicos.

Baseado nessa situação, sabe-se que ainda existe muita gente que acredita que qualquer sinal de desatenção possa significar um caso mas não é bem por aí! Se você já se pegou questionando se tem esse transtorno, Larissa recomenda ficar de olho em 4 erros comuns cometidos por quem acha que tem esse déficit, mas na verdade não tem:

  • 1. Diagnóstico baseado apenas em sintomas como a falta de foco e esquecimentos;
  • 2. Falta de avaliação de como eram os sintomas na infância; quem tem apresenta sintomas desde muito cedo, a pessoa nasce com o diagnóstico.
  • 3. Amigos, familiares e a internet sugerem que determinados sintomas são característicos e a pessoa já se autodiagnostica com determinado transtorno.
  • 4. Há outras condições medicamentosas e clínicas que podem ter sintomas semelhantes, como distúrbios do sono, problemas na tireoide e, os mais comuns: depressão e ansiedade.

Saiba como diferenciar os sintomas

Não dá para diagnosticar o TDAH sozinho. É preciso da ajuda de um profissional para observar os detalhes do seu comportamento e assim fazer o diagnóstico. A psicóloga ressaltou os principais sinais que podem indicar um quadro desse transtorno:

“Os sintomas característicos incluem desatenção, manifestada pela dificuldade em manter o foco e a concentração em tarefas; hiperatividade, evidenciada pela inquietação constante; e impulsividade, marcada pela tendência de agir sem considerar as consequências”, revelou.

Larissa também esclareceu alguns pontos sobre o TDAH que são capazes de diferenciá-lo de qualquer outro sinal de desatenção comum. Por exemplo:

  • O TDAH geralmente se manifesta na infância. É importante verificar se os sintomas estavam presentes antes dos 12 anos de idade.
  • Os sintomas de TDAH são consistentes em diferentes ambientes (escola, casa, trabalho).
  • Os sintomas são significativos o suficiente para causar impactos no desempenho escolar, profissional ou nas relações sociais.
  • Outros transtornos podem ter sintomas sobrepostos, como, por exemplo, a ansiedade pode causar distração, mas geralmente está associada a preocupações e medos específicos, enquanto a distração no TDAH é mais generalizada.
  • É comum o TDAH coexistir com outros transtornos, como ansiedade ou depressão, o que torna o diagnóstico desafiador.

Como fazer o diagnóstico?

Para fazer o diagnóstico de TDAH, Larissa conta que é fundamental que o processo seja conduzido por médicos e psicólogos, que são os profissionais qualificados para essa tarefa.

O primeiro passo para a identificação do transtorno é a coleta de um histórico completo do paciente. “Isso inclui informações detalhadas sobre o desenvolvimento, histórico escolar, comportamentos e sintomas apresentados ao longo do tempo”, explicou a especialista.

Além do histórico, a psicóloga conta que são utilizadas entrevistas e questionários como ferramentas padronizadas para a avaliação dos sintomas. “Esses instrumentos são aplicados tanto ao indivíduo quanto a familiares ou professores, proporcionando uma visão mais abrangente do comportamento do paciente em diferentes contextos”, completou.

A observação direta do comportamento também é uma parte crucial do diagnóstico. Os profissionais avaliam como o indivíduo se comporta em diversas situações, o que ajuda a identificar padrões e a entender melhor os sintomas relatados.

Por fim, é essencial excluir outras condições médicas ou psicológicas que podem imitar os sintomas do TDAH. Isso garante que o diagnóstico seja preciso e que o tratamento adequado possa ser iniciado.

Fonte original: Click PB; reprodução

Compartilhar: