Pesquisadores descobriram que um ingrediente usado em pratos como hotpot pode impedir o congelamento de componentes de baterias à base de zinco em climas frios.
Um estudo realizado por cientistas chineses apontou que a fibra de glucomanana, extraída da planta de konjac, amplamente utilizada em macarrões e geleias, pode melhorar o desempenho de baterias de zinco à base de água em temperaturas baixas. Essa fibra atua prevenindo o congelamento de seus componentes.
Uma Alternativa Promissora ao Lítio
As baterias de íons de zinco à base de água (baterias aquosas) são vistas como uma alternativa promissora às baterias de lítio. Elas oferecem alta capacidade teórica, maior segurança e o zinco é mais abundante e acessível que o lítio. No entanto, uma das principais limitações dessas baterias é o congelamento dos eletrólitos aquosos em temperaturas baixas.
Os eletrólitos, essenciais para permitir o fluxo de energia entre os eletrodos, sofrem com a formação de ligações de hidrogênio na água, o que contribui para o congelamento.
Solução Inovadora com Glucomanana de Konjac
Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Changsha, na província de Hunan, China, conduziram o estudo publicado na revista Advanced Energy Materials. Eles descobriram que a glucomanana de konjac, um polímero orgânico econômico e ecológico, pode ser adicionada ao eletrólito das baterias para interromper a formação da rede de ligações de hidrogênio na água, inibindo o congelamento sem comprometer o desempenho da bateria.
A glucomanana é uma fibra dietética obtida do caule subterrâneo da planta de konjac, conhecida por seu uso em alimentos de baixa caloria, como macarrões e geleias, frequentemente consumidos em pratos como o hotpot.
Implicações Futuras
A descoberta pode representar um avanço significativo na viabilização de baterias aquosas de íons de zinco para uso em regiões frias, ampliando sua aplicação em diversas áreas, como eletrônicos e armazenamento de energia.
Fonte: Advanced Energy Materials